Fruto de uma parceria entre Jackson Palmer, Marketing da Adobe, Austrália, e Billy Markus, desenvolvedor de software da IBM que já estava tentando criar uma moeda digital, a Dogecoin foi lançada em Dezembro de 2013. Se você estiver encontrando alguma semelhança entre o nome da moeda e o meme do cachorrinho da raça Shiba Inu, não se enganou, porque foi exatamente nele em que foi não apenas inspirada, mas também batizada com seu nome e tendo seu carismático rosto como símbolo.

A ideia inicial era bem despretensiosa, a intenção era ser apenas uma piada por causa da grande febre das moedas digitais, mas graças a um blefe onde um comprador lançou uma ordem de 0.5 BTC por 1 Doge – que começou valendo US$ 0,01 – acabou por cair no Reddit (Fóruns) – virou assunto e ganhou popularidade, chegando até mesmo a sofrer um ataque cibernético onde milhões de Dogecoins sumiram.

Apesar do empurrãozinho que o blefe representou na história da Dogecoin, certamente se não fosse pela oportunidade de minerar um ativo com baixa competitividade de mineração, as comunidades interessadas não teriam voltado seus olhos para a bem humorada moeda que hoje está entre as 30 maiores no tocante a valor de mercado, atuais US$ 2,2 bilhões.

Dentre as principais diferenças em relação ao Bitcoin, o tempo de mineração, que é bem mais curto, e o total de moedas que serão fabricadas: 1 bilhão x 21 milhões do Bitcoin, se destacam. Além dessas, o tipping virtual, ou seja, as gorjetas que usuários costumam dar aos redditors (membros do fórum) como incentivo por comentários divertidos, notícias relevantes e etc, também estimulam a propagação da moeda.

Seu valor vai além das cifras do mercado em razão da cultura organizacional que desenvolveu baseada na caridade. No rol dos eventos notórios ligados a essa pegada social, destacam-se o patrocínio ao corredor Josh Wise para a corrida no circuito de Talladega Superspeedway, Alabama, nos Estados Unidos; Doação de US$ 30 mil para que um time jamaicano disputasse as Olimpíadas de Inverno de 2014 em Sóchi, Rússia; US$ 25 mil para uma instituição britânica que prepara cães-guia para caridade e US$ 30 mil para dar acesso a água potável às pessoas no Quênia.

Adorável, não é mesmo?