O dólar opera em alta nesta sexta-feira (25), com as atenções globais voltadas para os próximos passos e consequências da invasão da Rússia na Ucrânia.
Às 13h20, a moeda norte-americana subia 0,90%, cotada a R$ 5,1507. Veja mais cotações.
Na quinta-feira, o dólar fechou em alta de 2,02%, cotado a R$ 5,1047, a maior alta percentual diária em mais de 5 meses, com investidores repercutindo a disparada da aversão a risco após a Rússia invadir a Ucrânia. Mesmo com o salto, a moeda norte-americana ainda acumulou queda de 3,78% na parcial do mês e de 8,43% no ano.
Cenário
Nesta sexta, tropas da Rússia chegaram à região de Kiev, capital da Ucrânia. O Conselho de Segurança da ONU se reúne nesta sexta para votar resoluções contra a Rússia. Siga aqui as últimas notícias.
As principais bolsas europeias, porém, tinham um dia de relativa recuperação nesta sexta, seguindo a tendência de Wall Street que na véspera fechou em leve alta depois que o governo dos Estados Unidos decidiu impor sanções severas contra a Rússia.
Já o petróleo voltou a ser negociado perto de US$ 100 o barril.
Um índice de moedas emergentes subia 0,6% nesta manhã, depois de cair 1,8% na quinta, maior queda desde o início da pandemia de Covid-19. O rublo russo –um termômetro da crise geopolítica atual– avançava 0,9%, após chegar a tombar quase 10% na sessão anterior.
“Acreditamos que o real ainda tem motivos para um bom desempenho, mas acreditamos que podemos continuar vendo uma correção de curto prazo, especialmente se as tensões geopolíticas permanecerem altas”, disseram estrategistas do banco norte-americano Citi.
A escalada militar na Ucrânia e o avanço da invasão das tropas russas tem elevado os temores de impactos no abastecimento global de produtos básicos chave, como petróleo, trigo e metais, em meio a uma demanda crescente na reabertura das economias, após os fechamentos provocados pela pandemia da Covid-19.
“Os temores de piora dos eventos atinge de perto as commodites, dada a representatividade da Ucrânia na produção global de milho (16%) e de trigo (10%) e obviamente, os custos de energia, com pressão de preços de petróleo globalmente e de gás natural na Europa”, destacou a Infinity.
Por aqui, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) ficou em 1,83% em fevereiro, após variar 1,82% em janeiro, mas desacelerou para 16,12% no acumulado em 12 meses, segundo informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). A confiança dos serviços caiu ao menor nível desde maio de 2021, enquanto que a do comércio subiu após 3 meses de perdas.
Fonte: G1.