A cantora Margareth Menezes tomou posse nesta segunda-feira (2) como ministra da Cultura, em cerimônia que contou com participação da primeira-dama Janja, da antropóloga Lilia Schwarcz, da também cantora Fafá de Belém e de outros políticos e personalidades públicas.
Na solenidade, foram anunciados os próximos secretários da pasta, recriada após ter sido extinta no governo de Jai Bolsonaro (PL). (veja lista abaixo)
Durante seu discurso, Menezes ressaltou a importância da cultura para a população brasileira e para a economia do país. Ela também disse que o Brasil precisa voltar a ser respeitado, colocando o ministério da Cultura (MinC) “na afirmação dessa grandeza”.
“Voltou o MinC para o lugar de onde nunca deveria ter saído, ou seja, do seu lugar na esplanada e da relevância no imaginário do povo brasileiro. Está mais forte, com mais recursos e estruturas do que qualquer outro momento de sua história”, afirmou.
Leia Mais:
Flávio Dino assume Ministério da Justiça e destaca direitos das minorias
França toma posse e reitera promessa de rebatizar porto de Santos com nome de Pelé
Lula diz ter recebido carta de Xi sobre maior cooperação entre Brasil e China
Segundo a cantora, Lula a pediu para que a pasta seja “para os artistas” e que a cultura seja uma “potência econômica”, classificando o presidente como aliado de primeira hora da cultura brasileira.
“A cultura é base primordial para a educação (…) é fator de desenvolvimento econômico e social, de inclusão e cidadania, mas, acima de tudo, qualifica e conscientiza uma ideia profunda de democracia”, destacou.
“É hora de darmos as mãos, reatarmos laços possíveis e superarmos as desavenças para realizarmos uma empreitada. É preciso ter coragem de construir o novo. Ganhar e perder faz parte da democracia, e a dignidade é sinal de cidadania”, acrescentou.
Anteriormente na solenidade, a primeira-dama Janja revelou que será feita a recomposição do acervo e patrimônio cultural do Palácio da Alvorada. “Temos um projeto e vamos tratar disso com muito carinho”, pontuou.
Leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc
Menezes também citou Paulo Gustavo e Aldir Blanc “dois artistas que são hoje potentes símbolos de luta dos fazedores de cultura do Brasil”. Ambos faleceram durante a pandemia de Covid-19.
O secretário-executivo do ministério da Cultura, Márcio Tavares, afirmou que será possível implementar as leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc II, que fomentam e dão subsídio para a produção cultural no Brasil. “Conseguimos garantir os recursos”, comemorou.
Secretariado
Por fim, a nova ministra anunciou os nomes que comandarão as secretarias que a auxiliarão no governo.
Entretanto, destacou que ainda serão escolhidos os presidentes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e da Fundação Casa Rui Barbosa.
Veja abaixo:
Secretaria-executiva: Márcio Tavares
Secretaria dos comitês de cultura: Roberta Martins
Secretaria de formação livro-leitura: Fabiano Piuba
Secretaria da diversidade e cultura: Zulu Araújo
Secretaria de economia e fomento à cultura: Hemilton Menezes
Secretaria do Audiovisual: Joelma Gonzaga
Secretaria dos direitos autorais e intelectuais: Marcos Souza
Fundação Cultural Palmares: João Jorge Rodrigues
Fundação Biblioteca Nacional: Marcos Lucese
Fundação Nacional das Artes (Funarte): Maria Marighella
Este conteúdo foi originalmente publicado em Em posse, Margareth Menezes diz que Cultura está mais forte e com mais recursos no site CNN Brasil.