Os estacionamentos nas plataformas superior e inferior da Rodoviária do Plano Piloto, próximos aos setores de diversões Norte e Sul, passarão a ser rotativos e cobrados. Inicialmente, a tarifa será de R$ 5 por hora, segundo prevê o projeto do Consórcio Catedral, formado por duas empresas privadas que assumirão a administração do terminal no centro de Brasília.
O anúncio do valor dos estacionamentos, até então públicos, foi divulgado pelo secretário de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal, Zeno Gonçalves, na cerimônia de assinatura do contrato de concessão da rodoviária, no Palácio do Buriti, na manhã desta terça-feira (15/10).
Vencedora do processo de licitação, o consórcio das empresas RZK Empreendimentos Imobiliários Ltda e Atlântica Construções, Comércio e Serviços Ltda. tem até 90 dias para iniciar as atividades de operação, manutenção e exploração da Rodoviária do Plano Piloto.
A expectativa do Governo do Distrito Federal (GDF) é de antecipar o cronograma para que as empresas assumam o terminal antes de 25 de dezembro. Além de ficar responsável por gerir todo o complexo rodoviário, a empresa deverá investir cerca de R$ 120 milhões no espaço.
Aumento de passagens
O contrato de concessão prevê, ainda, a cobrança de uma tarifa de acostagem das empresas de transporte coletivo que estacionarem os ônibus nos boxes de embarque e desembarque de passageiros. No caso da Rodoviária do Plano Piloto, a tarifa será cobrada nas operações de partida dos veículos, e o valor será de R$ 2,14 a R$ 14,10, a depender da linha.
Questionado sobre a possibilidade de haver aumento no valor das passagens do Distrito Federal, o governador Ibaneis Rocha (MDB) negou que o preço dos bilhetes subirá – ao menos não até o fim da gestão atual do Executivo local.
“É um compromisso meu, em conversa que tenho com os secretários, que, até o fim de nosso governo, não teremos aumento algum de passagem”, declarou Ibaneis.
A concessão da Rodoviária do Plano Piloto à iniciativa privada por 20 anos se tornou viável por meio da Lei Distrital nº 7.358/2023, de autoria do Poder Executivo e aprovada pela maioria dos deputados distritais da Câmara Legislativa (CLDF) em dezembro último.
O texto foi sancionado por Ibaneis em 19 de janeiro de 2024, e o valor estimado do contrato é de R$ 119.786.143, com data-base de dezembro de 2019. A quantia corresponde ao valor dos investimentos com execução prevista, segundo o contrato.
Além de passar por obras, o terminal passará a contar com um centro de controle operacional. A concessionária terá seis anos para executar os investimentos estabelecidos. A reforma da estrutura deverá ser concluída em até quatro anos, ao custo de R$ 54,9 milhões.
Nos primeiros três anos, ainda deverão ser investidos R$ 57,7 milhões nas reformas, e a infraestrutura dos estacionamentos, bem como do sistema operacional, deverá custar R$ 7 milhões, com prazo de dois anos para execução.
