A Polícia Civil de Tocantins (PCTO), com apoio de agentes do Distrito Federal (PCDF), prendeu nesta segunda-feira (17/2) o terceiro e último envolvido na morte de Marcos Antônio Rocha Costa, conhecido como Roy, de 28 anos.
O homem, identificado apenas como G.S.M., de 26 anos, cujo apelido é Solução, foi preso em Samambaia.
Solução era considerado foragido pelo homicídio ocorrido em 24 de janeiro, na Serra de Paraíso, Setor Serrano I, em Paraíso do Tocantins (TO).
A Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco/PCDF) estava monitorando o suspeito desde a última terça-feira (11/2). O homem foi localizado na residência da irmã dele.
Veja o momento da prisão:
Após ser preso, Solução foi conduzido até a sede da PCDF e, em seguida, encaminhado para o Complexo Penitenciário da Papuda, onde permanecerá à disposição do Poder Judiciário.
Suspeito de participar do crime, outro homem, conhecido como Atribulado, de 24 anos, foi preso na semana passada. Investigações revelaram que ambos os autores, além da vítima, são faccionados do PCC.
Além deles, o crime contou com a participação de uma mulher identificada pelas iniciais H.S., vulgo Sílvia, 23 anos. Segundo as investigações, ela tentou ocultar provas para dificultar o trabalho da polícia.
“A motivação para o crime seria um desentendimento entre eles em relação a crimes contra o patrimônio praticados por eles nos últimos meses”, informou o delegado Antônio Onofre de Oliveira da Silva Filho, chefe da 6ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Deic-Paraíso do Tocantins).
O delegado destaca que Solução é investigado por outro crime de homicídio e uma tentativa de homicídio, além de ser suspeito de crimes contra o patrimônio na região central do estado.
“Ele também é investigado pela prática de tortura contra usuários de drogas que cometem furtos em Paraíso. Na facção, ele exerce o cargo denominado ‘disciplina’, sendo responsável por executar e exigir o cumprimento das normas da facção”, complementou o delegado.
O crime
O crime ocorreu nas primeiras horas do dia 24 de janeiro. Um dia antes, Roy e os investigados passaram a noite bebendo em estabelecimentos de Paraíso.
Na noite anterior ao assassinato, dia 23 de janeiro, ele e os envolvidos estavam juntos, se divertindo, consumindo bebidas alcoólicas e frequentando diversos estabelecimentos na cidade. Na madrugada da data do crime, o grupo se deslocou para a casa de Sílvia, no setor Vila Regina, onde continuaram a se divertir.
Por volta das 6h30, os autores convenceram a vítima a acompanhá-los para comprar mais bebidas. No caminho de volta, porém, mudaram a rota e seguiram para uma área de mata onde Roy foi assassinado.
As evidências demonstraram que a vítima não teve qualquer chance de defesa, sendo atacada com seis golpes de faca, além de receber violentas pancadas na cabeça.
A análise das imagens de câmeras de segurança dos estabelecimentos comerciais e de ruas próximas aos locais por onde vítima e suspeitos passaram, foram fundamentais para reconstruir os momentos que antecederam o crime. Às 6h39, Roy foi visto comprando bebida e cigarro em um comércio local, utilizando o cartão da namorada.
Alguns minutos depois, o veículo Gol preto, de propriedade de Sílvia, foi flagrado entrando na estrada do antigo Clube Éden Serrano. Sete minutos depois, os assassinos saíram do local, deixando o corpo de Roy para trás.
Eles voltaram para a residência de Sílvia, com a cerveja comprada pela vítima e continuaram a beber no local como se nada tivesse acontecido.
Horas depois do crime, um vídeo com imagens do corpo de Roy foi apresentado à sua namorada, antes mesmo de os policiais da 6ª Deic encontrarem o cadáver.
No local do crime, os policiais localizaram também a faca supostamente usada no assassinato e demais vestígios do crime. Após o homicídio, Sílvia tentou se livrar do veículo, escondendo-o, dando apoio no sentido de ocultar provas e fugiu da cidade no mesmo dia.