Uma família inteira foi presa por tráfico de drogas na QR 615, em Samambaia, na manhã desta quarta-feira (29/1). Durante a abordagem, uma equipe policial encontrou uma espécie de receita indicando como realizar misturas e testes com cocaína visando “fortalecer” o entorpecente para render mais porções na venda.
No texto da receita de cocaína, obtida pelo Metrópoles, há descrições como “de peixe” que, provavelmente, fazem menção a um tipo de cocaína mais pura e cara. Com as misturas, adicionando substâncias relatadas como “café” e “creatina”, chegavam ao produto final.
Assim, as gramas da droga poderiam render mais pinos para serem vendidos. Vale ressaltar que ainda não é possível confirmar se os materiais descritos são, de fato, os alimentos ou apenas códigos para outras elementos.
Uma equipe da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que já monitorava o local por suspeita de tráfico, observou movimentação suspeita no imóvel onde vivia a família.
Nesta quarta-feira (29/1), visualizaram um homem sair com uma quantidade de maconha da casa. Ele fugiu quando foi abordado pelos policiais. No entanto, foi decidido verificar a situação da residência.
A partir disso, os policiais abordaram Pablo Rafael Cardoso Dias, de 22 anos, e Mirian Silva Vieira, de 21, que estavam no local com porções de drogas. Eles admitiram guardar as substâncias, mas negaram ser proprietários.
Os jovens indicaram que o material pertencia à mãe de Mirian, Itaneide Aparecida Silva Vieira, e a Francisco Andrade de Lucena. Os dois também foram localizados no mesmo lote. Eles estavam juntos de outro homem, que alegou estar apenas dormindo no local.
De acordo com o relato de um policial, eles afirmaram rapidamente que Itaneide era a dona das drogas, demonstrando clara intenção em assumir a propriedade de todo o entorpecente para evitar o envolvimento dos demais familiares. Todas as quatro pessoas envolvidas foram presas em flagrante.
No lugar, os policiais apreenderam, além da “receita” para as drogas, porções de substância esbranquiçada, semelhante a cocaína; várias porções e tabletes de semelhante a skunk; diversos tabletes de substância semelhante a maconha. Cadernos com anotações sobre o tráfico e balanças de precisão também foram coletados.
Veja:
As substâncias foram encaminhadas para o Instituto de Criminalística (IC), da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), para análise.
Os aparelhos celulares foram apreendidos e ficarão à disposição da Justiça. O caso será investigado pela 26ª DP (Samambaia).
Os envolvidos podem responder por tráfico de entorpecentes e associação para o fim de tráfico de drogas.