O Google anunciou nesta quarta-feira (9) que planeja iniciar em 2022 a instalação de um novo cabo submarino que promete acelerar as conexões de Brasil e Argentina aos Estados Unidos. A nova linha, criada pela SubCom, vai ficar conhecida oficialmente como Firmina e deve entrar em operação em algum momento não especificado de 2023.
Esse é o 16º cabo submarino no qual a empresa investe, tendo como objetivo acompanhar o crescimento da internet e da quantidade de dados que trafegam por ela. “A infraestrutura da internet não está na nuvem, está debaixo do oceano”, explica Bikash Koley, vice-presidente de redes globais do Google.
Batizado em homenagem a Maria Firmina dos Reis (1825 – 1917), abolicionista e escritora brasileira responsável pelo romance histórico Úrsula, o cabo também deve ajudar a reduzir a latência entre as partes norte e sul do continente americano. Contando com 12 pares de fibra ótica em sua estrutura, ele tem origem na costa leste dos EUA e passará por estações em Praia Grande (Brasil) e Punta Del Este (Uruguai) até chegar a seu destino final na praia de Las Toninas, na Argentina.
“Procuramos homenagear um luminar que trabalhou para promover a compreensão humana e a justiça social”, explicou Koley no Blog do Google. “Mestiça e intelectual, Firmina é considerada a primeira romancista do Brasil. Com este cabo, temos o prazer de chamar a atenção para seu trabalho e espírito pioneiros”, completa o executivo.
Um fator que diferencia o Firmina é o fato de ele ser capaz de funcionar com uma única fonte de energia em uma de suas pontas — tradicionalmente, cabos submarinos usam fontes de energia de alta voltagem espalhadas a cada 100 quilômetros para amplificar seus sinais de luz. Para chegar a esse resultado, a empresa apostou em um design com uma tensão 20% mais alta do que os sistemas usados anteriormente.
O Google afirma que vai continuar investindo na infraestrutura da internet mundial, o que deve incluir a construção de mais cabos em um futuro próximo. Além disso, a empresa também continua apostando na construção de novos centros de dado e incorporando regiões ao sistema Google Cloud.
Fonte: Google Blog