A Operação Tríade desencadeada pela 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural) desmantelou uma associação criminosa acusada de ameaçar e usar a violência para expulsar moradores de seus lotes, na Vila Estrutural. O bando, que mantinha estrutura bem definida para movimentar esquema de falsificação de documentos e revender terrenos, teria faturado cerca de R$ 2,1 milhões com a transação de pelo menos 30 lotes.
De acordo com as investigações, os criminosos usavam uma imobiliária, no Recanto das Emas, para intermediar a negociação dos lotes que haviam sido tomados à força após a expulsão das famílias. Em média, os terrenos eram anunciados com valores entre R$ 70 mil e 120 mil.
Segundo a delegada-chefe da 8ª DP, Jane Klebia, além da violência imposta pela quadrilha — também envolvida em tráfico de drogas, extorsão, estelionato e homicídios —, as vítimas que compravam os terrenos eram enganadas. “Como costumavam vender para famílias de pouca instrução, o bando forjava escrituras públicas e vendia as propriedades como se fossem escrituradas”, explicou a investigadora.
A associação criminosa foi alvo da PCDF nas primeiras horas da última sexta-feira (27/8). Equipes da 8ª DP cumpriram quatro mandados de prisão e nove de busca e apreensão.
Com ramificações no Assentamento 26 de Setembro, o bando se especializou em extorsão, estelionato, homicídios e falsificação de documentos públicos. O lucro dos criminosos seria, justamente, com a venda fraudulenta dos lotes tomados à força de moradores da região.
Os policiais buscaram armas, drogas, documentos falsos e outras provas que confirmassem a atuação dos golpistas na região. Ainda de acordo com a PCDF, os envolvidos tinham passagens por tráfico de drogas, homicídio, porte de arma, roubo, entre outros crimes.
Fonte : Metrópoles.