Preso por invadir o shopping Conjunto Nacional, agredir clientes e morder uma policial na delegacia, Paulo Renato dos Santos (foto em destaque), 40 anos, era considerado foragido da Justiça desde que não havia voltado ao presídio após um “saidão”. Na noite dessa quarta-feira (27/11) ele acabou autuado em flagrante por dupla tentativa de homicídio, lesão corporal, dano qualificado e resistência.
Até a última atualização desta reportagem, porém, não havia informações sobre de qual saída temporária Paulo Renato não havia retornado. No mais recente deste ano, o oitavo, 26 reeducandos do sistema socioeducativo não voltaram para as celas, segundo a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape).
Entre os que não voltaram, três se envolveram em ocorrências policiais e 20 acabaram detidos durante a Operação Verum Locus, das polícias penais do DF e de Goiás, pela prática flagrante de crimes. Quem não regressa é considerado foragido e pode perder o direito às atividades externas.
Invasão ao Conjunto Nacional
Quando a Polícia Militar chegou ao shopping, encontrou Paulo Renato imobilizado por cerca de cinco pessoas. Antes de ser contido, porém, ele havia entrado gritando no estabelecimento e fazendo ameaças, por volta das 20h.
Um estudante tentou conter o suspeito, mas foi atingido no pescoço com um estilete. Em seguida, o suspeito invadiu um restaurante e deu uma cadeirada na cabeça de um dos seguranças do shopping. As vítimas foram encaminhadas ao Hospital de Base (HBDF) e passam bem.
Durante a tentativa de fuga, Paulo Renato ainda quebrou televisões de um quiosque, mas foi impedido de escapar por testemunhas. Com uma vasta ficha criminal por furtos e roubos, o suspeito estaria sob efeito de crack e foi preso em flagrante. Na delegacia, ele ainda mordeu um policial civil na coxa.
O que diz o shopping
Por meio de nota, o Conjunto Nacional informou que a administração do shopping registrou ocorrência e tomou todas as providências cabíveis, “acionando a Polícia Militar imediatamente e prestando o atendimento necessário às vítimas”.