Emedebista argumenta que, se somadas gratificações dos policiais militares, diferença de remuneração entre corporações não é “tão grande”
O governador eleito do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), afirmou nesta segunda-feira (10/12) que cogita não dar à Polícia Militar o reajuste salarial de 37% reivindicado pela Polícia Civil. O emedebista argumenta que, se somadas as gratificações dos policiais militares, a diferença de remuneração entre as corporações não é “tão grande”.
A questão de aumento salarial será tratada com responsabilidade, segundo Ibaneis. “O que você tem de analisar é que, internamente, a Polícia Civil e a Polícia Militar têm estruturas de pagamentos diferenciadas. Quando você termina de computar todas as gratificações da PM, essa diferença salarial não é tão grande”, pontuou.
O futuro chefe do Executivo local afirma que irá equiparar financeiramente ambas as forças de segurança, mas faz observações quanto ao aumento a ser aplicado. “Isso não quer dizer que o que eu der para uma vou dar para outra, porque essa aqui está muito beneficiada também”, explicou.
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As discussões serão coordenadas pela próxima comandante-geral da PM, coronel Sheila Sampaio, e pelo futuro diretor-geral da PCDF, Robson Cândido. “Essas estruturas vão ter de ser trabalhadas. Vai depender da comandante e do diretor para que tenham interlocução grande com as categorias porque não quero problemas nessa área. Se tiver que enfrentar, não tenho como fazer”, concluiu.
Ibaneis voltou a dizer que atuará para reabrir delegacias fechadas e resolver a pendência das “corporações que não se conversam”. O emedebista disparou que quer acabar com a “briga” entre PCDF e PMDF e deu um recado para quem for contra. “Se continuarem insistindo, terão muitos problemas com o governo. Estou aqui para apoiá-los na recuperação da segurança do DF, mas vai ter que ter um comando único”, informou.