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Idosa morre 11 dias após ser atropelada e bater a cabeça em meio-fio

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DÉLIO ANDRADE
DÉLIO ANDRADEhttp://delioandrade.com.br
Jornalista, sob o Registro número 0012243/DF

Aldenôra Venâncio de Araújo morreu na noite dessa quarta-feira (2/10), aos 85 anos. Ela foi internada em 21 de setembro, quando foi atropelada por um veículo que estava dando ré na W3 Sul. Com o impacto do carro, a idosa bateu a cabeça no meio-fio da via.

De acordo com Fabíola Adami Araújo, filha da vítima, o motorista seguiu viagem logo após o automóvel atingir a idosa. O homem só voltou ao local do acidente depois que foi avisado por outras pessoas que testemunharam o ocorrido. Ele teria informado que não percebeu que bateu na mulher.

“Minha mãe tinha acabado de atravessar a pista, faltava só uns dois passos para subir na calçada. O motorista tinha passado da entrada que queria, aí resolveu voltar e dar ré. Ele deu uma ré e atingiu minha mãe, que bateu a cabeça no meio-fio. Minha mãe ficou 11 dias intubada no hospital, teve que fazer uma cirurgia na cabeça, tirar parte da calota [craniana]. O cérebro encharcou de sangue, ficou cheia de hematomas. Ela não resistiu”, conta Fabíola.

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O caso aconteceu na altura da 509 Sul, onde Aldenôra vivia junto com o marido, de 89 anos. A filha da mulher relata que o motorista tinha a habilitação vencida. Além disso, em nenhum momento durante a internação da vítima, teria prestado apoio aos parentes.

“Nós estamos destruídos e a gente não vai deixar barato, a gente vai processar. Porque não pode deixar uma pessoa irresponsável dessa na rua. Isso aí é um homicídio culposo. Se ele tivesse socorrido a minha mãe, talvez ela não teria vindo a óbito”, afirma a familiar.

Inicialmente, o caso era investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) como lesão corporal, mas deve ter sua tipificação alterada após a morte da vítima.

O velório de Aldenôra Venâncio ocorreu na tarde desta quinta-feira (3/10): “Ela era uma pessoa saudável e ativa. Costurava, lavava, passava, fazia as coisas dela. Uma pessoa super antenada, conversava sobre política. Nossa mãe era tudo. Uma pessoa muito amorosa, carinhosa, maravilhosa. O enterro dela lotou, vieram amigos de todos os lugares”.

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