Um instituto social do Distrito Federal iniciou uma vaquinha para ajudar duas mães de bebês prematuros extremos a arrecadarem fundos para comprarem uma fórmula especial necessária à sobrevivência dos filhos.
Pouco depois do parto, os bebês Gabriel e Bela foram diagnosticados com displasia broncopulmonar e alergia à proteína do leite de vaca (APLV). Além disso, pelo fato de os nascimentos deles terem ocorrido em torno da 25ª semana de gestação, as mães das crianças – Michelle Carneiro, 42 anos, e Katiuscia Gomes, 39, respectivamente – não tiveram produção de leite para a amamentação dos meninos.
Eles ficaram internados no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) desde que chegaram ao mundo, há cerca de quatro meses, mas precisaram deixar a unidade de atendimento com urgência, nessa quinta-feira (20/3), devido a um surto de bronquiolite na instituição de saúde.
Fundado há 18 anos, o Instituto Sol Nascente (ISN), em Ceilândia (DF), foi contatado pelas mães para auxiliar os bebês. A organização social oferece suporte a famílias de crianças e adolescentes com deficiência ou doenças crônicas que se encontram em situação de vulnerabilidade social.
Os bebês conseguiram oxigênio para uso domiciliar, mas cada um ainda precisa de 10 latas da fórmula Alfamino 400g, cujo custo unitário é de R$ 265, para ter os nutrientes necessários ao desenvolvimento.
Luta pela vida
Gabriel nasceu com 25 semanas e apenas 700 gramas de peso. Durante a internação, ele teve duas paradas cardíacas e passou 30 dias consecutivos com sangramento nos pulmões. Com o tempo, ele conseguiu ganhar peso, tamanho e, atualmente, está com 2,575 kg.
Michelle contou que Gabriel ainda não tem previsão para respirar sem auxilio do oxigênio domiciliar e que, atualmente, ela não dispões de condições financeiras para comprar a fórmula alimentar para o filho, por estar sem fonte de renda.
“Graças a Deus, entramos em contato com o instituto, e eles nos abraçaram de uma forma maravilhosa. Estão fazendo essa campanha para que nossos filhos não fiquem sem a fórmula. O Gabriel não pode perder peso. E eu tenho fé que eles vão conseguir arrecadar”, disse Michelle.
Já Bela nasceu com 26 semanas, três dias e peso de 700 g. A mãe dela, Katiuscia, teve uma pré-eclâmpsia e precisou passar por uma cesariana de emergência. “Fizeram uma ecografia e perceberam que os batimentos de minha filha estavam caindo. Assim que nasceu, ela foi intubada, porque não conseguia respirar sozinha”, relembrou a mãe.
Após os quatro meses de internação, Bela conseguiu ganhar peso e chegou aos atuais 2,61 kg. “Agora, estamos em casa com a oxigenação instalada e, também, na expectativa de conseguir acompanhamento com fonoaudiólogo, fisioterapeuta e pediatra. Por ela ter nascido prematura, esse suporte é essencial para o desenvolvimento”, completou Katiuscia.
Como ajudar
Quem quiser contribuir com as mães, para ajudar na compra das fórmulas alimentares infantis, pode fazer doações presencialmente no Instituto Sol Nascente ou pelo Pix da organização social (31.158.155/0001-84 – CNPJ).
Interessados em saber mais sobre o instituto, no Lote 33 do Conjunto G da QNM 1, em Ceilândia, pode entrar em contato com os responsáveis pelo ISN, por meio do telefone 61 3055-1972.
