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IOTA, a criptomoeda para a Internet das Coisas

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Quando falamos de pós-modernidade, há quem diga que passamos pela Quarta Grande Revolução. Uma das correntes deste pensamento pertence a de Klaus Schwab, economista e fundador do Fórum Econômico Mundial, autor do livro “The fourth Industrial Revolution”, publicado em 2017 pela Crown Publishing Group.

A primeira transformação, segundo esses teóricos, vem da Revolução Industrial, no século XVIII, que usava água a vapor para mecanizar a produção, além do aprimoramento do trabalho técnico-científico no campo da indústria, não limitando a confecção de produtos com pouco valor agregado.

A segunda mudança, foi a que usou a eletricidade, nos anos 1800, para criar a produção em massa – a exemplo do Experimento de Hawthorne, que buscava determinar a intensidade da iluminação à eficiência dos operários em níveis produtivos.

A terceira revolução deu-se a partir da segunda metade do século passado e que, a partir do desenvolvimento tecnológico, após a Segunda Guerra Mundial, uniu a eletrônica com a automatização da produção mecanizada.

Por fim, a última transformação, a do presente (ou futuro), traz-nos à tona a internet, que exaltou a Era da Informação dentro de uma fusão das esferas física, digital e biológica no campo da tecnologia e da comunicação.

Na esteira das transformações iniciadas pela disseminação do acesso comercial da internet, nos anos 1990, está o conceito de Internet das Coisas, caracterizada pela internet móvel cada vez mais presente em todas as áreas do cotidiano. Bicicletas, cafeteiras, luzes residenciais, automóveis, todos interligados à smarphones, tablets, PC’s e à rede por inteligências artificiais e tecnologias chamadas, na Internet das Coisas, de Máquina a Máquina (M2M).

Criptomoeda

O desenvolvimento de uma criptomoeda pensada para este fim, pois, é o conceito da IOTA. Uma moeda open source criada como espinha dorsal da Internet das Coisas, que não utiliza blockchain, nem criação de cadeia de blocos em sua mineração e que tem como ponto alto a gratuidade em suas transações independentemente do valor, como a RaiBlocks, por exemplo. O que é um ponto a mais para a moeda, já que temos dezenas ou centenas de itens conectados à rede quando falamos de IoT.

A criação da IOTA é datada de 2015, por um grupo de cientistas da computação e professores como David Sønstebø, Sergey Ivancheglo e Serguei Popov, este último professor da Unicamp, responsável pelos cálculos da rede Tangle, a “blockchain” da IOTA, a qual utiliza “grafos acíclicos” em sua composição, nada mais do que cálculos matemáticos complexos que transmitem para a rede as transações anteriores que serão aprovadas antes que as outras apareçam nos nós da rede. Em outras palavras, uma nova forma de tecnologia que garante pagamentos digitais fora da blockchain, mas com o mesmo resultado.

A fama da moeda feita para a Internet das Coisas veio no final de 2017, desbancando pesos-pesados como a Ripple, por exemplo, quando disparou cerca de 47%, grande parte pelo burburinho (mentiroso, aliás) de que a Microsoft teria feito uma parceria com a IOTA. Mesmo após os co-fundadores terem desmentido o boato, a moeda prevaleceu como as principais criptomoedas.

Tecnologia

A tecnologia Tangle surgiu em 2015, haja vista sua utilização para fins de utilização específica na Internet das Coisas e para pagamentos de M2M. O ledger do Tangle, ao contrário da blockchain, liquida transações sem cobrar taxas em suas transações. Além disso é possível armazenar dados sensíveis de forma segura e com verificações no ledger do Tangle.

A diferença da IOTA para outras criptomoedas já existentes é a possibilidade de se fazer vários micro pagamentos existentes dentro da realidade da IoT. Como a IOTA é livre de taxas de confirmação de pagamentos e de mineração, para compensar os mineradores, ela se encaixa no conceito tecnológico acima exposto.

A fim de gerar a transação, os usuários aprovam transações de outros usuários, somando dados para a segurança da rede Tangle. Quanto mais aprovações há na rede, tanto mais estas são aceitas pelo sistema.

Diferenciais

A tecnologia da IOTA, devido à sua capacidade de transferir dados e garantir integralidade de dados gratuitos, está sendo explorada em áreas díspares como a saúde eletrônica, veículos conectados à internet, cadeia de suprimentos, etc.

Outra característica que difere a IOTA de outras moedas, é o fato de que ela possui uma rede intrinsecamente imutável, dissipando assim a possibilidade de fork, como ocorreu com o Bitcoin Gold e Bitcoin Cash, no ano passado.

Em todos os casos os quais a Internet das Coisas está presente no dia-a-dia de todos, a IOTA parece cada vez mais uma grande aposta.

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