Apesar das imagens que mostram o caos no processo de retirada do Afeganistão, o presidente norte-americano, Joe Biden, garantiu que os Estados Unidos estão no caminho certo para retirar seus cidadãos e aliados do país até o dia 31 de agosto, prazo acordado com o Talibã.
Lourival Sant’Anna, analista internacional da CNN, avalia que a missão pode fracassar e que Biden vai “deixar os afegãos que trabalharam para eles para trás”.
“Os EUA estão usando helicópteros, mas não pretendiam fazer isso. Estão orientando americanos a não irem às filas do aeroporto, mas sim para áreas estratégicas para não serem alvos. Eles estão sendo resgatados por helicópteros nesses pontos e levados diretamente aos aviões militares”, afirma.
A pressa norte-americana tem em parte o medo de ataques. Em um pronunciamento nesta terça-feira (24), Biden afirmou que a ameaça do grupo terrorista Estado Islâmico K, conhecido também na sigla “Isis-K”, coloca a missão em risco.
“Estamos com risco agudo e crescente de um ataque por um grupo terrorista conhecido como Isis-K. Todos os dias que estamos no solo afegão é outro dia em que sabemos que o Isis-K está tentando atingir o aeroporto e atacar tanto as forças dos Estados Unidos quanto as aliadas e civis inocentes”, disse Biden.
O grupo, nascido após a morte de Osama bin Laden, quando Biden foi vice-presidente de Barack Obama, não é o mesmo que ganhou fama com ações em outras nações no Oriente Médio, mas também não é necessariamente um aliado do Talibã, que assumiu o controle do Afeganistão após a retirada americana.
Fonte : CNN Brasil.