Em 2020 o relatório do banco J.P. Morgan fez grave alerta sobre a decretação de lockdown. Confira o documento:
O lockdown falhou e destruiu milhões de meios de subsistência em todo o mundo, afirma estudo do J.P. Morgan. Relatório do banco critica a decretação de medidas baseadas em “artigos científicos falhos” por governos “assustados”, causando colapso econômico sem precedentes e mais mortes do que o vírus.
Um relatório de pesquisa de Marko Kolanovic, chefe global de pesquisa macro-quantitativa e de derivativos do J.P. Morgan, avalia que os governantes se assustaram com “artigos científicos falhos” e decretaram lockdowns “ineficientes ou atrasados” que destruiram empresas, empregos e vidas sem, contudo, mudar o curso da pandemia.
O relatório é uma crítica ao pensamento atual sobre a resistência à reabertura dos negócios e, mais pungentemente, ao cenário político predominante, com ênfase em como a crise está sendo alavancada por políticos.
Marko Kolanovic acompanha a evolução do vírus há quase dois meses. Seus modelos foram, na maioria das vezes, precisos na previsão de pontos de inflexão, bem como de taxas de mortalidade e casos.
“Quando a pandemia atingiu os EUA, sabíamos que a linha do tempo do vírus seria a mais importante e talvez a única variável relevante para determinar o caminho da economia e dos mercados financeiros”, escreve Marko Kolanovic.
“Como estamos aprendendo nesta crise, previsões científicas imprecisas, politização das pesquisas e uma abordagem sensacionalista podem ter impactos significativos”, ele escreve, observando que “com base no que se acredita serem as previsões de pior caso, a resposta política varia de direcionada a indiscriminada quando aplicada ao lockdown de regiões geográficas, proteção de determinados segmentos demográficos, ou avaliação dos riscos de uma atividade econômica específica ser suspensa”.
“Embora muitas vezes ouvimos que os lockdowns são motivados por modelos científicos e que existe uma relação exata entre o nível de atividade econômica e a disseminação do vírus, isso não é suportado pelos dados”, escreve Kolanovic.
“De fato, praticamente em todos os lugares as taxas de infecção diminuíram após a reabertura”.
“Isso significa que a pandemia e a Covid-19 provavelmente têm sua própria dinâmica não relacionada a medidas de lockdown frequentemente inconsistentes que estavam sendo implementadas”.
Kolanovic criticou o oportunismo e a abordagem anti-ciência dos políticos que se dizem guiados pela ciência e salvadores de vidas para justificar atos que atendem suas agendas.
“Enquanto nosso conhecimento do vírus e da ineficácia dos lockdowns evoluíram, os lockdowns permaneceram e o foco mudou para o rastreamento de contatos, contemplando surtos de uma segunda onda e idéias sobre como projetar melhores sistemas educacionais, políticos e econômicos. Ao mesmo tempo, milhões de meios de subsistência estavam sendo destruídos por esses lockdowns”.
“Ao contrário dos testes rigorosos de potenciais novos medicamentos, os lockdowns foram administrados com pouca consideração de que eles poderiam não apenas causar devastação econômica, mas potencialmente mais mortes do que a própria Covid-19”.
O estudo mostra que as taxas de infecção em vários países continuaram a cair após o lockdown ter sido suspenso.
Países ao redor do mundo adotaram o lockdown à medida que o número de casos de coronavírus aumentou nos primeiros meses deste ano e, desde então, as taxas de infecção caem significativamente.
Kolanovic cita como evidência uma série de países cujas taxas de infecção continuaram a cair, apesar de restrições terem sido retiradas.
A taxa de infecção na Dinamarca, por exemplo, permaneceu estável após a reabertura de escolas e shopping centers no final do mês passado, e a taxa da Alemanha permaneceu abaixo de 1,0 após a suspensão do lockdown.
Em alguns países europeus, estudos sugerem que as medidas “não produziram nenhuma alteração nos parâmetros de pandemia”, diz o relatório do J.P. Morgan.
Contudo, os países abriram enormes rombos em seus orçamentos para suportar a paralisação econômica que está forçando milhões de pessoas ao desemprego.
O relatório também apresenta dados dos EUA, com a maioria dos estados registrando taxas iguais ou mais baixas depois que o lockdown foi suspenso.
“O fato da reabertura não ter mudado o curso da pandemia é consistente com estudos que mostram que o lockdown total não alterou o curso da pandemia”, escreve Kolanovic.
Os decretos de confinamento e lockdown editados por governadores dos EUA nos últimos dois meses forçaram o fechamento de empresas e custaram 39 milhões de empregos. A economia dos EUA sofre sua maior contração econômica da era pós-Segunda Guerra Mundial.
As medidas também custaram vidas.
Uma carta assinada na semana passada por 600 médicos alertou o Presidente Donald Trump de que o lockdown induzido pela pandemia era em si um evento produzindo “vítimas em massa”, com mortes por condições não tratadas de não-coronavírus e suicídios provavelmente superando em número as mortes pelo vírus.
“Os efeitos na saúde … estão sendo subestimados e subnotificados. Este é um erro de ordem de magnitude”, de acordo com a carta iniciada pela Dra. Simone Gold, especialista em medicina de emergência em Los Angeles.
Entre as mortes silenciosas, estão “150.000 americanos por mês que teriam tido um novo câncer detectado através de exames de rotina”, afirma a carta.
De diagnósticos perdidos de câncer a ataques cardíacos e derrames não tratados, a riscos aumentados (600%) de suicídios, “estamos alarmados com o que parece ser uma falta de consideração pela saúde futura de nossos pacientes”.
“Milhões de vítimas de um lockdown contínuo estão ocultas à vista de todos, mas serão chamadas de alcoolismo, falta de moradia, suicídio, ataque cardíaco, derrame ou insuficiência renal. Nos jovens, isso será chamado de instabilidade financeira, desemprego, desespero, dependência de drogas, gravidez não planejada, pobreza e abuso”.
“Perder um emprego é um dos eventos mais estressantes da vida, e o efeito na saúde de uma pessoa não diminui porque também aconteceu com outras 30 milhões (agora 39 milhões) de pessoas. Manter escolas e universidades fechadas será incalculávelmente prejudicial para crianças, adolescentes e jovens adultos nas décadas que virão”, diz a carta.
“O fim dos lockdowns não é sobre Wall Street ou desconsiderar a vida das pessoas; é sobre salvar vidas”, disse a Dra. Marilyn Singleton, uma das signatárias da carta. “Não podemos permitir que esta doença mude os EUA de uma sociedade livre e energética para uma sociedade de almas quebradas, dependente de auxílios do governo”.
Segundo a Forbes, “praticamente todos os hospitais interromperam os procedimentos eletivos para disponibilizar leitos para o que era esperado ser uma inundação de pacientes com Covid-19. As camas permaneceram vazias, causando danos aos pacientes e resultando em enormes problemas financeiros para os hospitais”.
No Reino Unido, o Dr. Max Pemberton, médico do NHS, descreve, em artigo da The Spectator (The NHS is letting down thousands of patients), um quadro semelhante de excesso de capacidade alocado aos pacientes de Covid-19, e estima o “dano colateral” de 2 milhões de pessoas terem deixado de receber tratamento, sem considerar a destruição econômica que afetará a saúde dos mais pobres.
“A classe média que defende e bate palmas para o lockdown não tem idéia da pobreza e da realidade sombria da vida dessas pessoas e da maneira como o lockdown agravou e cristalizou a miséria que experimentam. Nem tudo é pão de banana e yoga no Zoom”, escreve Pemberton. “Precisamos aceitar que, ao tentar salvar vidas com essa estratégia, condenamos outras pessoas, a maioria das quais é invisível e sem voz, a perder as delas”.
Na cidade de São Paulo, o governo Bruno Covas determinou o cancelamento de todas as consultas, exames e cirurgias eletivas agendadas nas unidades de saúde municipais, com prazo indeterminado para restabelecimento da assistência médica.
* Com informações do J.P. Morgan, Politz, The Irish Times, Express, The Sun, Daily Mail, Duna Press, UnHerd, Magzter, The Washington Times, Heisenberg Report, Jornal de Negócios, Fox Business, Forbes, The Spectator
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