O barbeiro Caio Ramos da Silva Mendes, de 17 anos, resolveu dedicar os domingos e as segundas-feiras para realizar um ato de solidariedade. Há seis meses, ele corta, de graça, os cabelos de pessoas em situação de rua e também de pessoas carentes, que não podem pagar pelo serviço. Algumas ações já foram realizadas em Santos, litoral paulista.
O corte normalmente é realizado em espaço aberto, com poucos equipamentos. Quando Caio chega no local, logo as pessoas já se interessam e, às vezes, até formam uma fila. Caio é de Barueri e, além de realizar ações solidárias em São Paulo e em sua cidade, também já fez os cortes de cabelo em Santos, onde tem familiares.
Algumas pessoas que passavam pelas ruas em que o barbeiro presta os serviços, se encantaram com a ação e compartilharam o ato nas redes sociais. Uma delas, inclusive, explicou que o conheceu pelas ruas do litoral paulista.
“Eu comecei com a ação há seis meses. Já corto cabelo há oito meses, mas comecei o ato quando aprendi melhor. Então, me dediquei a cortar o cabelo de pessoas que não têm condições de pagar nos meus tempos vagos porque vi que isso pode ajudar alguém e aumentar a autoestima. Como faço de coração, como algo natural, nunca fui de filmar, tirar foto ou ficar postando. Mas aí aconteceu de pessoas verem e compartilharem. E muitas pessoas passaram a me mandar mensagens. Isso me deixa muito feliz”, disse ele.
Caio afirma que quer fazer um corte solidário na barbearia em que trabalha, para estender ajudar ainda pessoas. “Esses cortes gratuitos eu sempre fiz sozinho, quase ninguém sabia, até repercutir por meio de outras pessoas que veem minhas ações”, contou.
Ele trabalha de terça-feira a sábado, das 10h às 20h, em uma barbearia, e aos domingos e segundas se dedica ao ato solidário. Para o jovem, dedicar o tempo livre a ajudar outras pessoas é muito gratificante.
“Meu maior retorno é a gratidão de ver as pessoas bem. Meus familiares que sabem, sempre me apoiaram. Depois que aprendi a cortar o cabelo, tive vontade de ajudar os outros com esse simples gesto. E, fiquei feliz de saber que existem muitas pessoas boas, porque muitas vezes fui cortar os cabelos em área livre e algumas pessoas cediam as tomadas das casas para eu fazer o gesto. Isso já faz tudo valer a pena, ver o bem se multiplicar”, relatou.
Fonte: G1.