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Juízes são suspeitos de embolsar R$ 14 milhões com venda de sentenças

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DÉLIO ANDRADE
DÉLIO ANDRADEhttp://delioandrade.com.br
Jornalista, sob o Registro número 0012243/DF

Alvos da Operação 18 Minutos, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nessa quarta-feira (14/8), quatro desembargadores e dois juízes do Tribunal de Justiça do Maranhão são suspeitos de fraudar decisões judiciais e desviar recursos do Banco do Nordeste.

A ação recebeu o nome de “18 Minutos” em referência ao tempo recorde entre a decisão judicial, a expedição do alvará e o saque dos recursos desviados, o que sugere um esquema bem orquestrado para agilizar a transferência ilícita de fundos.

Os policiais federais cumpriram 55 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça, nos estados do Maranhão, Pará e Rio de Janeiro. Entre as medidas adotadas também estão o bloqueio de bens e o afastamento dos suspeitos de suas funções públicas. Advogados e ex-juízes também estão sob o radar das autoridades por suposto envolvimento nos crimes.

Os alvos incluem figuras do judiciário maranhense, como a desembargadora Nelma Celeste Sousa Silva Sarney Costa, cunhada do ex-presidente José Sarney; o desembargador Marcelino Everton Chaves; o desembargador Luiz Gonzaga Almeida Filho; o desembargador Antônio Pacheco Guerreiro Júnior; a juíza Alice de Sousa Rocha; e o juiz Cristiano Simas de Sousa. O ex-juiz Sidney Cardoso Ramos também é mencionado na investigação.

De acordo com as investigações, a organização criminosa era estruturada em três núcleos, que reunem ex-servidores do banco, advogados e magistrados. Um dos casos investigados diz respeito ao desvio de R$ 14 milhões, resultado de uma decisão judicial do TJ do Maranhão que está sob contestação.

Veja a nota do TJMA:

O TJMA colabora com a operação da PF determinada pelo STJ. O Tribunal de Justiça do Maranhão comunica que tem colaborado com a ‘Operação 18 minutos’, realizada pela Polícia Federal, cumprindo determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), na manhã desta quarta-feira (14/08), em algumas unidades do prédio-sede do TJMA e do Fórum de São Luís. Com fundamento no princípio da transparência e governança, o TJMA atende à determinação do STJ, que expediu mandados de busca e apreensão para a realização da operação pela PF.

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