Duas alunas, de 10 e 11 anos, que estariam sendo violentadas por um professor em uma escola pública de Santa Maria (DF), relataram que o suspeito de cometer os abusos as beijava “de canto de boca” e as obrigavam a fazer sexo oral nele, além de tocar suas partes íntimas. O caso foi revelado pela coluna Na Mira, do Metrópoles, nessa quarta-feira (7/8).
As partes envolvidas deram depoimento à 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria), que investiga o caso. A história veio à tona após a mãe de uma terceira aluna da escola flagrar conversas por meio do WhatsApp entre a filha e algumas colegas. Ela decidiu acionar a direção, e a supervisora da escola chamou as crianças para ouvi-las.
Uma das alunas, então, contou à direção que, em determinada ocasião, o professor a beijou no canto da boca, a pegou no colo e passou a mão em sua barriga por baixo do uniforme. A criança contou ainda que o homem tocava seu bumbum e seios sempre que a via.
As alunas disseram também que o professor sempre as chamava para uma sala vazia, antes do início das aulas ou nos intervalos. As meninas disseram à supervisora que ele era insistente e que tinham medo de dizer não para o autor.
Seis minutos com a garota em uma sala
Reforçando o depoimento das crianças, imagens registradas por câmeras de segurança instaladas dentro da instituição flagraram o momento em que o professor entra com uma das alunas supostamente abusadas dentro de uma sala vazia. Ambos permanecem no local por cerca de seis minutos. Logo em seguida, a porta é aberta e a menina segue para o banheiro. Depois, o sinal toca e os demais alunos entram na sala.
Neta contou para a avó há três meses
Em depoimento à PCDF, a avó de uma das garotas relembrou que, há cerca de três meses, a neta contou que uma colega da escola estaria sendo abusada sexualmente por um professor. A menina teria mencionado apenas o caso da coleguinha.
A senhora afirmou que, à época, orientou a menina a contar o caso aos pais da garota para que eles pudessem tomar alguma providência. A avó também foi chamada pela supervisora da escola no início da semana e, chegando ao colégio, a neta dela revelou que também era vítima do professor.
Professor foi afastado
A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEE-DF) afastou o professor e deu início a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD). A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) instaurou inquérito para investigar o caso.