Durante visita ao Porto do Rio de Janeiro nesta segunda-feira (23), o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, manteve o discurso de quando foi anunciado para o cargo pelo presidente Lula.
Acompanhado de membros da diretoria do Porto do Rio, ele disse que as autoridades portuárias não serão privatizadas, serão mantidas como estatais.
“Nossa meta é que a gente permaneça com o porto sendo uma autoridade estatal. Porque no governo anterior queriam vender a autoridade estatal. Nós não queremos, nós concordamos que fique com o governo.”
O ministro usou como exemplo o Porto do Rio de Janeiro e fez críticas à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que tinha como uma das bandeiras a desestatização portuária.
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“No caso aqui, que é um terminal privado e você tem uma concessão. Eles pagam para usar esse espaço, mas não vamos vender a autoridade que controla o setor. Senão, é como se vendesse a polícia federal.”
Em março de 2022, ocorreu uma desestatização no setor, da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), que administra o Porto de Vitória (ES).
Para o ministro Márcio França, as questões portuárias são estratégicas para o país e o governo federal deve manter o controle sobre as administrações.De acordo com o ministro, esta semana serão iniciadas alterações no setor.
Durante agenda no Rio de Janeiro, Márcio França disse ainda que conversou com o prefeito Eduardo Paes, deputados e secretários com o objetivo de tornar o porto cada vez mais integrado a sociedade.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Meta é manter portos como “autoridade estatal”, diz Márcio França no site CNN Brasil.