-Publicidade-
spot_img

MP questiona PMDF sobre uso de gás contra deputada em ato indígena

RELACIONADOS

DÉLIO ANDRADE
DÉLIO ANDRADEhttp://delioandrade.com.br
Jornalista, sob o Registro número 0012243/DF

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), por meio da 3ª Promotoria de Justiça Militar, pediu que a Corregedoria da Polícia Militar (PMDF) abra investigação para apurar a reação de PMs contra indígenas em frente ao Congresso Nacional, na noite dessa quinta-feira (10/4).

A situação escalou após policiais legislativos tentarem conter os indígenas com bombas de gás lacrimogêneo e efeito moral, além de spray de pimenta, enquanto eles se aproximavam da sede do Legislativo federal e de uma barreira formada por policiais militares.

O MPDFT exigiu, especificamente, que a Corregedoria da PMDF apure o episódio que levou a deputada federal indígena (foto em destaque) Célia Xakriabá (PSol) a ser atingida por gás lacrimogêneo.

No pedido, a promotoria destacou que a parlamentar federal “aparece em imagens passando mal e questionando policias militares, após ser atingida por gás lançado pela equipe” de PMs.

Assista:

A corregedoria tem 10 dias para responder aos questionamentos do MPDFT. Procurada pela reportagem, a PMDF não havia se posicionado sobre o assunto até a mais recente atualização desta reportagem.

Manifestação indígena

No início da noite dessa quinta-feira (10/4), indígenas que estão na capital federal no Acampamento Terra Livre (ATL) participavam de uma passeata, que se aproximava do Ministério da Saúde, na Esplanada dos Ministérios.

No entanto, parte deles teria avançado em direção ao Congresso Nacional, segundo a assessoria da Câmara dos Deputados, e acabou atacada por policiais legislativos com bombas de gás.


Acompanhamento

  • Por meio de nota, a PMDF informou que, durante a semana, acompanhou as manifestações e cuidou do policiamento delas.
  • No entanto, após o término da manifestação dessa quinta-feira (10/4), indígenas teriam passado da “área de segurança do Congresso Nacional, momento em que a segurança do Parlamento atuou com material químico”.
  • A assessoria da deputada Célia Xakriabá afirmou, ainda, que a PMDF a teria impedido de sair da área, mesmo sob efeito de spray de pimenta e das bombas de gás lacrimogêneo.

Por meio de nota, a Câmara dos Deputados acusou os manifestantes de romperem a “linha de defesa da Polícia Militar do Distrito Federal”, além de derrubarem “os gradis e invadirem o gramado do Congresso Nacional”.

A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) criticou, por meio de nota, a medida adotada contra os participantes da manifestação.

“O Congresso Nacional, além de aprovar leis inconstitucionais, ataca os povos indígenas e os próprios parlamentares. A deputada indígena Célia Xakriabá (PSol) e várias pessoas ficaram feridas ao serem recebidas com bombas de gás e efeito moral, no local que deveria ser a casa da democracia. Lamentamos o uso desnecessário de substâncias químicas contra manifestantes, mulheres, idosos, crianças e lideranças tradicionais”, acrescentou a Apib.

-Publicidade -

Relacionadas

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

-Publicidade -

ÚLTIMAS NOTÍCIAS