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Mulher de embaixador grego teria oferecido R$ 80 mil pelo crime, diz polícia

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DÉLIO ANDRADE
DÉLIO ANDRADEhttp://delioandrade.com.br
Jornalista, sob o Registro número 0012243/DF

O embaixador grego Kyriakos Amiridis e a mulher, Françoise, durante festa em Brasília. Ela é supeita de participar de seu assassinato

Em entrevista coletiva no fim da tarde desta sexta-feira (30) o delegado da Polícia Civil Evaristo Pontes Magalhães afirmou que a polícia trabalha com a linha de que o assassinato do embaixador grego no Brasil Kyriakos Amiridis, de 59 anos, teria motivo passional. A mulher de Kyriakos, Françoise de Oliveira Souza Amiridis, de 40 anos, estaria tendo um caso com o policial militar Sérgio Gomes Moreira Filho, 29 anos, sem o conhecimento do embaixador. Françoise e Sérgio se conheciam há seis meses.

Segundo um primo do PM, Eduardo Moreira de Melo, de 24 anos, que prestou depoimento nesta sexta-feira na delegacia da policia civil, Françoise teria oferecido R$ 80 mil pela execução e o ‘convite’ para o trabalho teria sido feito pelo próprio primo. Françoise nega esta informação, dizendo que sabia do crime, mas que não teve envolvimento. Ela teve sua prisão temporária decretada por 30 dias, já que, de acordo com o delegado Evaristo, “há muitas questões a serem esclarecidas ainda”. “A hipótese mais forte é de que o interesse da mulher fosse ficar com bens e curtir a vida com PM”, disse o delegado.

Magalhães disse ainda durante a coletiva que o PM Sérgio Moreira Filho já teria confessado o crime, contando ainda que Françoise não participou da ação, mas teria encomendado o assassinato. Seu primo Eduardo teria ajudado na tentativa de se livrar do corpo. Outro três suspeitos de terem participado de alguma forma do crime também foram presos.

A versão inicial, segundo a qual o diplomata teria saído sozinho em um carro que alugara, seria mentirosa. A vítima teria sido morta na casa onde estava, em Nova Iguaçu, e seu corpo retirado de madrugada. Seu corpo foi encontrado na tarde de ontem (29) carbonizado dentro do carro alugado que também estava queimado.

O embaixador estava desaparecido desde a última segunda-feira (26), mas a mulher dele só notificou a polícia 48 horas depois de seu sumiço. O casal morava em Brasília, mas desde 21 de dezembro estava em férias na cidade da Baixada Fluminense, onde mora a família de Françoise. Eles viveram juntos durante 15 anos e tinham filha de 10 anos.

Amiridis assumiu o posto de embaixador da Grécia no Brasil em janeiro passado. Entre 2001 e 2004, havia sido cônsul-geral da Grécia no Rio. Sua carreira diplomática começou em Atenas, em 1985, e inclui passagens pela Sérvia, Bélgica, Holanda e Líbia.

A polícia realiza nova perícia no carro alugado pela vítima, além de um sofá e material de câmeras de segurança.

IstoÉ

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