Morta a facadas em casa nessa terça-feira (6/8), Rosimeire Rosa Campos, 46 anos, sofria ameaças do ex-marido, Anderson Cerqueira, 45, há tempos. A filha da vítima conta ao Metrópoles que, apesar de nunca ter visto agressões físicas entre o casal, o homem sempre demonstrou ser “violento”.
“Ele sempre foi violento, nunca gostei dele”, conta Caroline Cavalcante, 24 anos. Ela não é filha de Anderson, mas conviveu com o homem dos nove aos 17 anos.
Caroline conta que sempre presenciou “agressões verbais e psicológicas” de Anderson contra Rosimeire, e que a mãe continuou contando para ela dos casos mesmo depois de a jovem sair de casa.
“Quando eu fiz 17 anos, eu casei, e ficou somente meu irmão morando com ela. Porém, quando eu morei com ela e com ele juntos, dos nove aos 17, eu sempre presenciei ele batendo portas e derrubando móveis”, relata Caroline.
“Ele sempre falava pra minha mãe: ‘Se um dia você me trair, se um dia você tiver outro homem, eu passo a faca em vocês dois’. Ele sempre falava isso, eu já escutei.”
A filha de Rosimeire diz ainda que Anderson vinha rastreando o celular da ex-mulher. Como informou o Metrópoles, o homem seguia os passos da vítima há pelo menos um mês.
Rosemeire trabalhava em uma farmácia, e Anderson era barbeiro. A coluna Na Mira apurou que os dois ficaram casados por 14 anos, mas estavam separados há quatro meses, com oficialização do divórcio em julho.
O caso
Rosimeire e Anderson foram encontrados mortos nessa terça (6/8), na sala de casa, em um condomínio na Ponte Alta Norte, no Gama (DF). A Polícia Civil (PCDF) ainda investiga o caso, mas a suspeita é de que o ex-marido tenha matado a mulher e tirado a própria vida em seguida.
O casal estava separado há cerca de quatro meses, e Rosimeire estava morando com o filho de 13 anos. No dia do crime, Anderson entrou no condomínio por volta das 16h e estacionou alguns metros distante da residência da ex-mulher. Horas depois, o adolescente chegou em casa e viu os pais mortos na sala.
Vizinhos contaram à reportagem que o casal era discreto, segundo os moradores. “Nunca vi eles brigando, ontem também não teve confusão”, contou um morador.
Outra colega de condomínio de Rosimeire disse que o casal teria se separado porque a mulher não nutria mais os mesmos sentimentos pelo companheiro. O homem estaria morando na casa dos pais desde então, e frequentava o condomínio apenas para ver o filho de 13 anos, que agora está na casa de Caroline. “Eles eram muito reservados. Participavam das festas do condomínio e tudo, mas eram bem reservados. Ele era simpático e nunca deu indício de nada”, conta a vizinha.