A republiqueta política de Alagoas, confortavelmente instalada na Esplanada, insiste arrotar arrogância em Brasília, achando que o poder é eterno e que seus integrantes denunciados em esquemas corruptos nunca serão desmascarados.
Com exclusividade, postamos aqui em 31 de março de 2021 matéria sobre a acusação feita pela advogada Adriana Mangabeira Wanderley contra dois conhecidos magistrados alagoanos. Ela acusa o desembargador do TJAL, Tutmés Airan e o ministro do STJ, Humberto Martins de planejar sua morte.
A advogada informou que ingressará na Corte Internacional Americana com sede em Nova Iorque contra Humberto Martins (acusado de proteger o escritório do filho Eduardo Martins).
Ela ainda acusa Martins de proteger o desembargador Tutmés Airan (TJAL), que inexplicavelmente até agora não foi exemplarmente punido pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
Nas últimas semanas, a turma de Humberto Martins têm relatado à figurões na Esplanada dos Ministérios, que a denúncia de Adriana é “vazia” porque “não existe áudio”.
Se não existe, por quê então no áudio de 36 minutos, Tutmés e Martins conversam com um terceiro indivíduo sobre Adriana? No áudio, os togados reclamam da advogada e tentam encontrar um meio de desmoralizá-la, e ainda comentam sobre como armar para pegá-la, e sugerem fazer uma blitze, colocar drogas no carro, dar voz de prisão e mandá-la para o presídio, onde seria morta. Esse seria o crime perfeito, mas o áudio vazou.
Se não existe áudio, por quê tanta preocupação e inquietação em Brasília por parte de Humberto Martins e de seu filho Eduardo?
O fato é que Humberto Martins está distante de ocupar uma vaga no STF, e seu filho está cada vez mais perto de ser desmascarado de vez.
O juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, aceitou, em 2020, denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal contra advogados envolvidos num suposto esquema de desvio de esquema de desvio de 151 milhões de reais da Fecomércio-RJ, do SESC e SENAC, que integram o Sistema S do Rio. Entre os 26 réus, estão os advogados Cristiano Zanin, defensor do ex-presidente Lula, e Eduardo Martins, filho do presidente do STJ, Humberto Martins.
O objetivo desse esquema, segundo o MPF, seria garantir nos tribunais que o empresário Orlando Diniz continuasse à frente da Fecomércio-RJ. Ao longo da investigação, foram identificados aos menos 43 indícios de fatos criminosos, que envolveram desde tráfico de influência até corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Na maior parte das irregularidades teria a participação de Zanin e Eduardo Martins.
E para não atrapalhar o projeto de Humberto Martins para se tornar ministro do STF, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começou a decidir, anteontem (27), sobre a competência da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, comandada pelo juiz Marcelo Bretas, para julgar as ações da Operação Esquema S, um desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro. O ministro do STF, Gilmar Mendes votou para anular ações da Operação Esquema S.
O STF não quer que grandes escritórios de advocacia especializados nas “Cortes Superiores” sejam investigados.
E pelo visto, Humberto Martins tem amigos no STF que desejam vê-lo por lá. Mas será uma missão impossível, porque no caminho do atual presidente do STJ, tem uma pedra chamada Adriana Mangabeira.
As apostas em Brasília revelam que bolsonaristas preferem ver o ex-ministro da Justiça Mendonça Filho no STF, do que ver Humberto Martins lá. E a razão é simples: Martins foi indicado ao STJ por Renan Calheiros e nomeado pelo ex-presidente Lula.
Portanto, para boa parte dos ocupantes do Palácio do Planalto, o senador Renan Calheiros, que recentemente assumiu a função de vilão contra o presidente Jair Bolsonaro, é amigo do petista Lula e legítimo padrinho de Martins, e está fazendo de tudo para emplacá-lo no STF.
Renan Calheiros responde a vários processos no STF, e colocar Martins no Supremo seria muito apropriado, não é mesmo?!
Conselheiros do presidente Bolsonaro acreditam fielmente que o melhor nome para ocupar a próxima vaga no STF é de Mendonça Filho, considerado conservador, sério, competente, evangélico e patriota.
Já Humberto Martins é amigo de Renan Calheiros, foi nomeado por Lula, protege desembargador acusado de xingar e tramar a morte da advogada Adriana Mangabeira e definitivamente não é sério, uma vez que seu próprio filho, o advogado Eduardo Martins (foto acima), fechou contratos de R$ 83 milhões com a Fecomércio do Rio, à época em que era presidida por Orlando Diniz, a pretexto de ‘influir em atos praticados por ministros do Superior Tribunal de Justiça’, indica a força-tarefa da Lava Jato fluminense. A Procuradoria imputa ao advogado crimes de peculato, exploração de prestígio lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Como se percebe, essa turma de caciques alagoanos é mesmo complicada e sinistra. E definitivamente eles não defendem o Brasil, mas sim, aos seus próprios interesses.
E quando o áudio se tornar público na Corte Interamericana, máscaras de conhecidos caciques alagoanos cairão de vez, para o bem de Alagoas e principalmente para o bem do Brasil!
Afinal de contas, atualmente políticos e magistrados alagoanos tentam desesperadamente dar as cartas em Brasília. Mas definitivamente não é fácil vencer Bolsonaro.