Telas, falta de esporte e baixo consumo de frutas estão formando o perfil do novo adolescente, confirma o nutricionista
Neste 16 de outubro, Dia da Alimentação, o nutricionista Emerson Duarte (foto ao lado) faz um importante alerta para pais e adolescentes da atual geração sobre o comportamento alimentar e os riscos do sedentarismo. Segundo Duarte, os maus hábitos alimentares combinados com a baixa prática de atividades físicas entre os jovens têm gerado um aumento preocupante na incidência de doenças crônicas, inclusive a maior probabilidade de câncer. Essas condições, que antes eram vistas predominantemente em adultos, agora estão cada vez mais presentes entre adolescentes, comprometendo sua saúde a longo prazo.
O nutricionista enfatiza a importância de uma alimentação equilibrada, rica em frutas, verduras e fibras, além da necessidade de reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados e ricos em açúcares e gorduras. “Muitas das escolhas alimentares que os adolescentes fazem hoje, podem levar a problemas graves no futuro, como obesidade, diabetes e até mesmo câncer”, alerta Duarte, lembrando também dos dados de 2019 do IBGE, que aponta alto consumo de álcool por adolescentes de Campo Grande.
E de acordo com uma pesquisa deste ano, realizada pela Escola de Enfermagem e pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que entrevistou 121.580 jovens entre 13 e 17 anos, cerca de 81,3% dos adolescentes brasileiros apresentam dois ou mais fatores de risco relacionados a hábitos nocivos à saúde. Esses fatores elevam significativamente a probabilidade de desenvolvimento de doenças crônicas, como obesidade e câncer.
O mesmo estudo aponta que 14,8% dos adolescentes relataram pelo menos um fator de risco, enquanto apenas 3,9% não apresentavam nenhum. Entre os comportamentos mais prevalentes estão a falta de atividade física (71,5%), ingestão irregular de frutas e vegetais (58,4%), sedentarismo (54,1%) e o consumo regular de guloseimas (32,9%). Outros comportamentos de risco incluem o consumo de bebidas alcoólicas (28,1%), refrigerantes (17,2%) e tabagismo (6,8%).
Além disso, o especialista destaca o impacto do estilo de vida sedentário, cada vez mais comum entre os jovens devido ao uso excessivo de telas e à falta de incentivo à prática de esportes. Ele reforça que pequenos ajustes na rotina podem fazer uma grande diferença, como aumentar o consumo de água, incluir mais atividades físicas diárias e optar por lanches saudáveis. “Este alerta serve como um lembrete de que hábitos alimentares saudáveis e a prática regular de exercícios físicos, são essenciais para prevenir o desenvolvimento de doenças crônicas e garantir uma vida adulta mais saudável e produtiva”, completa Emerson Duarte.
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