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Operários descobrem o Marco Zero de Brasília em obra no Buraco do Tatu

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DÉLIO ANDRADE
DÉLIO ANDRADEhttp://delioandrade.com.br
Jornalista, sob o Registro número 0012243/DF

As obras de restauração do pavimento asfáltico em concreto do Buraco do Tatu – passagem de 700 metros que liga os eixos Rodoviário Norte e Sul, no Plano Piloto –  serão concluídas nesta quarta-feira (31/7). O trânsito será liberado para veículos nesta quinta-feira (1º/8), a partir das 9h30, beneficiando os 150 mil motoristas, que passam todos os dias pelo local.

O pavimento original da passagem, da época da construção de Brasília, estava degradado após 60 anos de uso e a vida útil estava ultrapassada. Foram investidos cerca de R$ 2 milhões nas obras de recuperação do pavimento.

Durante as obras, as equipes do Departamento de Estradas de Rodagem do DF (DER-DF) foram surpreendidas com a descoberta do “Marco Zero” do DF, que estava escondido abaixo do antigo pavimento de concreto. Os registros históricos do Arquivo Publico do DF (ArPDF) possibilitaram a exata localização do marco, simbolizando o ponto escolhido por Lúcio Costa para a demarcação de todas as edificações e vias da cidade.

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Estaca Zero do DF

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Em 20 de abril de 1957, o engenheiro e topógrafo Joffre Mozart Parada, então chefe da equipe de topografia da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), fincou no solo do Cerrado, na antiga Fazenda Bananal, o Marco Zero, cruzamento dos eixos rodoviário e monumental, a partir de onde Brasília começou a ser erguida

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O traçado de estacas entre o Cruzeiro e a Estaca Zero uniu a primeira cruz plantada na nova capital

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Exatamente na Estaca Zero, no encontro dos Eixos Rodoviário e Monumental, iria ser construída a Rodoviária do Plano Piloto

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Buraco do Tatu

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Contexto histórico

Também conhecida como “Estaca Zero” de Brasília, o ponto serve de referência na ordenação numérica da quilometragem das vias, ou seja, é o ponto inicial de contagem das distâncias calculadas a partir da cidade.

Em 20 de abril de 1957, o engenheiro e topógrafo Joffre Mozart Parada, então chefe da equipe de topografia da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), fincou no solo do Cerrado, na antiga Fazenda Bananal, o Marco Zero, cruzamento dos eixos rodoviário e monumental, a partir de onde Brasília começou a ser erguida.

“A Estaca Zero é um patrimônio histórico de extrema importância para nossa cidade e para a história do Brasil. Nas rodovias, a principal forma de localização são as placas correspondentes aos marcos quilométricos. Por exemplo, quando vemos uma placa com a indicação “km 75” informa que aquele ponto da rodovia está situado a exatos 75 km do marco zero”, destacou Fauzi Nacfur Júnior, presidente do DER-DF.

Estabelecer o Marco Zero na construção de uma cidade é o mesmo que definir o ponto a partir do qual tudo será referenciado. Todos os componentes da urbanização da cidade são espacialmente definidos e calculados a partir desse ponto irradiador.

Após a implantação da Estaca Zero, as escalas urbanas – definidas no papel pela equipe de Divisão de Urbanismo da Novacap – puderam, então, ser transferidas para o chão da futura capital.

Para definir o local exato do Marco Zero foi utilizado o marco geodésico Vértice nº 8, instalado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que se encontrava no ponto mais alto da cidade, ao lado do cruzeiro, na atual Praça do Cruzeiro. Brasília foi irradiada a partir da Estaca Zero.

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