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Pai de menino espancado por ex-detento relembra crime: “Muito sangue”

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DÉLIO ANDRADE
DÉLIO ANDRADEhttp://delioandrade.com.br
Jornalista, sob o Registro número 0012243/DF

“Vi a criança de bruços no chão, em uma poça de sangue. Muito sangue”, relata Carlos José Ribeiro, pai do menino de 7 anos que foi espancado pelo primo – o ex-detento André Gabriel Ribeiro da Silva, 37. Carlos José chegou a trocar socos com o suspeito, após ver o filho ferido.

O caso ocorreu em Sobradinho, nessa terça-feira (10/9). Um dia antes do crime, quando saiu da prisão, André foi até a casa de Carlos e pediu abrigo. Porém, a família negou a ajuda devido “ao histórico violento” do parente.

Ao Metrópoles Carlos contou que, no dia do crime, ele estava realizando um trabalho na casa de uma vizinha. “Ele chegou querendo pegar uns pertences que ele tinha deixado na minha casa. Eu fui para casa, entreguei as coisas para ele e voltei ao serviço”.

André ficou na frente da casa, “conferindo os pertences”, quando a mãe de Carlos chegou com os filhos dele. “Ele [André] se aproveitou e trancou minha mãe com meus filhos e começou a ameaçar”. Enquanto estava com a idosa e as crianças na casa, André teria dado início à sessão de espancamento.

Carlos não presenciou a agressão. Ao ouvir gritos, voltou para o local e se deparou com o menino no chão. “Muito sangue. Foi uma coisa constrangedora”, disse.

O vídeo abaixo mostra a pancadaria entre os dois, após o menino ser agredido. André Gabriel tentava fugir, mas foi alcançado pelo pai da criança. Nesse momento, os dois começaram as agressões.

Assista:

Carlos chegou a ser agredido com uma pedrada e uma mordida, além dos socos.

Feriu por vingança

André Gabriel estava preso havia mais de 10 anos pelo crime de homicídio, e foi colocado em liberdade na última segunda. O delegado-chefe da 35ª Delegacia de Polícia (Sobradinho), Hudson Maldonado, investiga o caso. Ao Metrópoles Hudson explicou a situação:

“Acredita-se que ele, numa injustificada ira, tenha, sim, agido com [o sentimento de] vingança, considerando que o tio não quis acolhê-lo, exatamente por ser agressivo. Nada justifica tal ato, mas fica a suspeita de que tenha sido isso que passou pela mente do autor”, contou o delegado.

André foi preso horas após o ataque à criança. Ao ser interrogado por policiais civis, permaneceu em silêncio. Ele deve passar por audiência de custódia até quinta-feira (12/9).

Estado de saúde

O menino foi levado ao Hospital Regional de Sobradinho (HRS) e transferido para a na UTI pediátrica do Hospital de Base (HBDF) na noite dessa terça, onde passou por cirurgia.

Segundo o pai, os médicos estão aguardando 48 horas para ver como o menino vai responder ao procedimento.

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