Com investimento de R$ 30,9 milhões, o Viaduto do Recanto das Emas já teve a liberação do trânsito na passagem inferior em outubro do ano passado e, agora, a parte superior com as alças que darão acesso ao Recanto das Emas e ao Riacho Fundo II aguarda apenas a aplicação da capa asfáltica e da sinalização horizontal.
A obra completa deve beneficiar 80 mil motoristas. Também já foram solucionados os problemas de interferência das redes de alta tensão.
A obra completa deve beneficiar 80 mil motoristas | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
A parte de cima do viaduto terá duas faixas de rolamento e duas rotatórias
A parte de cima do viaduto terá duas faixas de rolamento e duas rotatórias, que permitirão a entrada e saída das regiões administrativas vizinhas. As pistas passaram pelos serviços de terraplanagem, imprimação e impermeabilização. A próxima fase é a aplicação do pavimento asfáltico, quando houver um período de estiagem da chuva, e da sinalização.
As vias superiores vão facilitar o acesso dos motoristas, que, atualmente, precisam fazer o retorno em um semáforo para entrar e sair das cidades, o que resulta em congestionamento. “Com a liberação da obra, pretendemos eliminar por completo todo tipo de engarrafamento na região, proporcionando a liberação total do fluxo”, explica o superintendente de Obras do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), Cristiano Alves Cavalcante.
Melhorias para a cidade
Em outubro de 2022, o viaduto teve a liberação das duas pistas inferiores, sendo três faixas de rolamento no sentido Gama e três no sentido Brasília, diminuindo o trânsito interno nas intermediações do Recanto das Emas e do Riacho Fundo II.
“A liberação melhorou significativamente o trânsito. Antes quem estava saindo do Recanto das Emas ou seguindo pela DF-001 fazia toda essa circulação no mesmo nível. Agora temos um deslocamento em dois níveis”, avalia Cavalcante.
Pedro Fernandes Filho: “Melhorou 100% o trânsito de quem vem de Santa Maria”
Quem concorda é o aposentado Pedro Fernandes Filho, 54 anos. Ele conta que, enquanto morava em Santa Maria, usava a pista inferior e percebeu a melhoria. “Melhorou 100% o trânsito de quem vem de Santa Maria. No Recanto das Emas, ainda está congestionado, porque tem que ir lá em cima fazer o retorno. Mas tenho certeza que quando liberar aqui em cima vai ficar 10!”, afirma o homem, que se mudou para o Recanto das Emas há um mês.
Ronildo Marques, morador do Riacho Fundo II, afirma que o viaduto é uma demanda antiga da comunidade
O aposentado Ronildo Marques, 56, é morador do Riacho Fundo II, e está sempre circulando entre as cidades. Ele comemora a chegada do viaduto: “Acho uma obra muito bonita e que vai desafogar o trânsito. Antigamente, passar por essa pista era um sacrifício. Você se estressava pelo tanto de tempo que ficava parado”.
“A gente pedia há tanto tempo esse viaduto que até duvidava. A gente ficava pensando: ‘será que esse viaduto sai?’ E saiu. Já valorizou os imóveis e alavancou o comércio. Tem atacadista, posto”, destaca Marques.
O administrador do Recanto das Emas, Carlos Dalvan, lembra que trata-se de uma obra muito esperada pela comunidade. “Vai trazer maior mobilidade para os moradores que saem cedo e pegam engarrafamento na entrada e na saída da cidade, além de trazer um desenvolvimento direto; o comércio aumentou, tudo isso depois que a obra se iniciou”, declara.
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Volta das emas
Retiradas para a realização da obra, as esculturas de emas, do artista plástico Carlos Alberto Mendes, que ficavam na entrada do Recanto, voltarão ao local após a conclusão do viaduto. Atualmente, as aves de concreto estão na administração regional.
“As emas têm um fator histórico e emocional. A gente pretende manter essa história de Brasília. Assim que concluirmos, elas voltarão para cá. É um compromisso que o governo tem de trazer de volta”, afirma Cristiano Cavalcante.
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