Após um ano de investigações, a Divisão de Repressão a Sequestros (DRS) da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri), identificou e prendeu um sequestrador em Samambaia.
O homem participou de um sequestro em 24 de julho de 2023, onde a vítima, um empresário de 62 anos, foi atraída para uma emboscada no Guará II e permaneceu mantido em cativeiro por quatro dias.
Três autores já haviam sido condenados a penas que variam de 29 a 38 anos de reclusão pelos crimes de extorsão mediante sequestro, extorsão, tortura e lavagem de dinheiro.
Um quarto indivíduo foi condenado pelo crime de receptação.
Entenda o caso
O empresário havia combinado de se encontrar com uma pessoa para tratar dos negócios. Porém, acabou rendido por quatro pessoas — sendo que três delas usavam máscaras.
Veja fotos e vídeo feitos por sequestradores de empresário encapuzado em cativeiro
Os parentes do empresário souberam do sequestro no dia 25 de julho, mas só acionaram a polícia no dia seguinte. O valor pedido como resgate estaria concentrado na conta bancária da própria vítima, o que impossibilitou que a família pagasse o preço cobrado.
Acompanhada de dois dos sequestradores, a vítima foi a uma agência no P Sul para transferir a quantia. De lá, eles seguiram para Unaí (MG). O objetivo era manter o empresário em cárcere para extrair mais dinheiro dele.
Resgate
Em uma ação cinematográfica, equipes da DRS, da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), resgataram o empresário.
Assista:
Depósito
Nos dias em que esteve em cárcere, a vítima era constantemente agredida, inclusive com coronhadas, e espancada durante chamadas de vídeo com a família. O delegado da DRS acrescentou que o empresário teria sido levado para o cativeiro em razão de uma suposta dívida.
“Havia um desacerto entre algumas pessoas que negociam veículos. Mas era um valor pequeno, que diziam ser devido por ele. Quando tiveram acesso ao aplicativo bancário [do empresário], viram que ele havia depositado uma quantia 10 vezes maior do que a devida. Então, eles [os criminosos] resolveram subtrair todo o dinheiro que ele tinha na conta”, comentou o Diretor da DRS, Leandro Ritt, à época do crime.
Veja imagens do empresário no cativeiro:
O criminoso que atraiu o empresário para a emboscada também se passou por vítima, a fim de enganá-lo, segundo a PCDF. “Ele permaneceria mais alguns dias em cativeiro, devido ao limite diário de transferências, até que todo o dinheiro fosse subtraído”, completou o delegado.
Os suspeitos foram ouvidos e autuados por extorsão mediante sequestro. Todos tinham antecedentes criminais — dois por roubo, um por estelionato.