A Polícia Civil de Goiás (PCGO) identificou três crianças que podem ter sido vítimas de um pastor suspeito de pedofilia em Valparaíso, no Entorno do Distrito Federal.
A corporação representou pelo depoimento delas, e as vítimas serão ouvidas pelo Poder Judiciário de Goiás. A PCGO disse que também convocou o pastor a ir à delegacia para prestar depoimento, mas até agora ele não se apresentou.
O investigado é acusado pela família de uma das vítimas de se passar por um adolescente de 14 anos para manter conversas de cunho sexual com meninas de até 12 anos. A mãe de uma delas registrou ocorrência em uma delegacia e apresentou prints dos diálogos.
A coluna Na Mira apurou que, após o caso vir à tona, pelo menos outras duas mães foram à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Valparaíso para denunciá-lo.
Em depoimento, elas alegaram que o homem “era simpático demais com as crianças”, e uma das genitoras chegou a dizer que ele “deu R$ 2 para o meu filho”.
Considerando que as crianças envolvidas já foram identificadas, a investigação é conduzida em sigilo absoluto para preservar a integridade e a privacidade das vítimas. A PCGO ressaltou que as medidas investigativas pertinentes foram adotadas para elucidar os fatos.
A Deam informou que, até o momento, não houve situação de flagrante. O suspeito está devidamente identificado, e os menores serão ouvidos pela Justiça em audiências específicas, acompanhados por profissionais capacitados.
Relembre o caso
- A mãe de uma das meninas que estava trocando mensagens com o pastor pedófilo procurou a Polícia Civil de Goiás (PCGO) após tomar ciência do teor das conversas.
- Os assédios começaram quando a vítima conheceu uma jovem no condomínio onde mora. A mais velha criou um grupo de WhatsApp, no qual colocou a menina, outras crianças e o pastor. As conversas com teor sexual começaram em seguida.
- O pastor se passava por um adolescente de 14 anos.
- Além dessa investigação policial pelo crime de produção de imagens com conteúdo sexual envolvendo crianças, o pastor já foi denunciado por aliciamento de menor e importunação sexual.
Leia alguma conversas:
A menina até tentou apagar algumas das mensagens, mas a mãe conseguiu recuperar, por meio do backup do celular. O Metrópoles conseguiu novos prints de conversas. Na maioria das vezes, ele demonstrava que queria ver as duas garotas do grupo mantendo relações: “Ela chupando o seu ‘grello [sic]”.
Ele continua: “Depois vc nela”. O pastor pergunta, então: “Tu gosta xvideo tbm né [em referência a um site de vídeos adultos]”.
Ele pede para uma delas mandar uma mensagem para ele: “Chama no privado nois fica mais dboas conversa sobre tudo kkk”. Sem ter nenhuma resposta, o pastor rebate: “Só putaria enois”.
A coluna Na Mira tentou entrar em contato com o pastor pelo telefone usado para mandar mensagens no grupo e no privado para as meninas, mas não teve resposta.