Segundo apuração da Polícia Militar do DF, sargento usou o carro em Caldas Novas (GO). Punição consiste em dois dias de prisão disciplinar
Policial militar do Distrito Federal foi punido com dois dias de prisão disciplinar. Além de ter usado um carro da corporação sem estar autorizado, ele cometeu uma infração de trânsito com o veículo. De acordo com nota de punição da PMDF, o 3º sargento Marco Aurélio dos Santos Lima cometeu três transgressões previstas no regulamento disciplinar das forças militares.
Segundo a Polícia Militar, além da penalidade no âmbito administrativo, o sargento deve responder a inquérito relacionado ao episódio. O caso ocorreu em 27 de maio do ano passado, em Caldas Novas (GO), mas só veio a público neste mês.
De acordo com as apurações feitas por uma sindicância aberta pela PMDF, o militar pegou um carro descaracterizado da corporação e o utilizou na cidade goiana, sem a autorização necessária. Lá cometeu uma infração de trânsito e foi notificado.
“Com tal conduta, o policial em tela violou o que dispõe as condutas tipificadas do Inciso 2º”, diz trecho da nota de punição. O sargento Marco Aurélio Lima foi punido por três transgressões, segundo o documento: utilizar-se do anonimato; retirar ou tentar retirar de qualquer lugar sob jurisdição militar, material, viatura, aeronave, embarcação ou animal, ou mesmo deles servir-se, sem ordem do responsável ou proprietário; e desrespeitar regras de trânsito, medidas gerais de ordem policial, judicial ou administrativa.
A infração cometida pelo militar foi classificada pela corporação como grave. Nesses casos, a punição varia entre prisão disciplinar, licenciamento ou até exclusão da Força. Na ocorrência em questão, no entanto, a penalidade ficou limitada a dois dias de reclusão disciplinar.
Mesmo com ocorrido, o comportamento do sargento também continuou a ser classificado como “bom” na escala de avaliação da corporação. Esse quesito, para a PMDF, varia entre “excelente”, “ótimo”, “bom”, “insuficiente” e “mau”. Para ser demovido da categoria que se encontra, o sargento Marco Aurélio teria que ter sido punido mais de duas vezes em um período de dois anos de serviço, o que não aconteceu.
Acionada pelo Metrópoles, a Polícia Militar afirmou que “o policial respondeu administrativamente na forma de sindicância e agora está em aberto um Inquérito Policial Militar, que vai apurar a conduta no seu aspecto criminal. A conduta do policial é individualizada e ele terá o direito a ampla defesa e ao contraditório”. A corporação, no entanto, não forneceu um contato do PM envolvido para que ele pudesse ser ouvido pela reportagem.