A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (22), uma operação contra um esquema de receptação e venda de celulares roubados na Rodoviária do Plano Piloto. Os policiais começaram a cumprir dez mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva.
A operação é da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri), e ganhou o nome de “Fim da Linha”. Segundo a polícia, o homem detido é o líder da suposta organização. Com ele, os policiais apreenderam um carro de luxo que vale cerca de R$ 100 mil.
Segundo a Corpatri, o suspeito preso já tinha oito passagens pela polícia por receptação de celulares roubados. Na operação desta terça, os policiais também encontraram, nas casas de outros alvos, diversos aparelhos e uma pistola calibre .380, sem documentação.
‘Espaço degradado’
A polícia afirma ainda que, além dos crimes de receptação, “a investigação também detectou um ambiente absolutamente degradado em relação à ocupação dos boxes”. Segundo a polícia, boa parte das lojas estava sendo ocupada por pessoas não autorizadas.
As apurações apontam para a possibilidade de sublocação dos boxes, pelos permissionários, a terceiros, o que é proibido. “Esse aluguel dos boxes estaria possibilitando o surgimento de máfias que dominam grande parte das atividades do local”, diz a polícia.
Segundo a corporação, “a Administração da rodoviária foi informada dos fatos e trabalha em conjunto com a PCDF com o objetivo de caçar as permissões dos maus lojistas”.
“Era uma situação, no mínimo constrangedora, a Rodoviária do Plano Piloto, no coração do capital, transformada numa feira livre de celulares roubados. A Corpatri jogou luz sobre o fenômeno e esperamos que a Secretaria de Mobilidade agora tenha elementos para caçar as permissões dos lojistas que não estão cumprindo as regras”, afirma o delegado Erick Sallum.
Fonte: G1