As 1.398 pessoas presas em Brasília pelos atos criminosos contra os Três Poderes em 8 de janeiro já custaram cerca de R$ 1,3 milhão aos cofres públicos. Isso porque, segundo informações da Casa Civil do Distrito Federal, um preso custa em média R$ 2.450 por mês. Os custos envolvem alimentação, segurança, transporte, kits de higiene, colchão, atendimento médico, entre outros.
Desta forma, calculando o custo mensal total com todos os detidos após os atos, a estimativa de gastos por mês é de R$ 3,4 milhões.
Hoje nas penitenciárias do Distrito Federal estão os detidos de diferentes regiões do país, essas pessoas aguardam uma decisão judicial para que possam ser transferidas. Os custos para a transferência dos presidiários também será responsabilidade do Governo do Distrito Federal (GDF), mas esse valor ainda não foi calculado.
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Os homens detidos estão no Complexo Penitenciário da Papuda. As mulheres, na Penitenciária Feminina do DF, a chamada Colmeia. Ainda de acordo com a Casa Civil, a penitenciária feminina enfrenta uma superlotação depois da chegada das detidas no dia 8, aproximadamente 513 mulheres.
Nesta segunda-feira (17), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a liberação de 85 mulheres presas em regime semiaberto na Penitenciária Feminina do DF com o objetivo de dar lugar para as detidas durante os atos golpistas. As 85 detidas serão monitoradas por tornozeleira eletrônica.
“Embora tenham sido realizadas diligências, tais como a liberação de mulheres idosas, vulneráveis e com filhos até 12 anos (não obstante a possibilidade de futura responsabilidade penal), o quadro exige atenção devida”, afirmou Gilmar Mendes em sua decisão.
Recentemente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a prisão de 140 pessoas, convertendo flagrante em preventiva, e liberou 60 pessoas mediante aplicação de cautelares, como uso de tornozeleira. A previsão de análise dos casos de todos os presos será até sexta-feira (20), segundo a Corte.
Nos casos das preventivas, o ministro apontou evidências dos crimes previstos de atos terroristas, inclusive preparatórios, associação criminosa, golpe de Estado, ameaça, perseguição e incitação ao crime.
O ministro considerou que as condutas foram ilícitas e gravíssimas, com intuito de, por meio de violência e grave ameaça, coagir e impedir o exercício dos poderes constitucionais constituídos.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Presos pelos atos criminosos de 8 de janeiro já custaram R$ 1,3 milhão aos cofres públicos no site CNN Brasil.