A Agência Pública inicia neste mês de agosto o lançamento de uma nova série de reportagens produzidas por jornalistas indígenas no âmbito de seu Programa de Formação para Repórteres Indígenas.
Ao longo de quase seis meses, seis comunicadores indígenas de diversos pontos do país, selecionados após edital público, produziram reportagens a partir de pautas propostas por eles e que contaram com o acompanhamento de jornalistas da Pública, atuando como orientadores dos projetos, a fim de apoiar o desenvolvimento de habilidades específicas no campo do jornalismo investigativo. Ao longo desse processo, os bolsistas ainda tiveram a oportunidade de receber visita de seus orientadores in loco.
Em março deste ano, os candidatos selecionados também puderam visitar a sede da Agência Pública, em São Paulo. Ao longo de uma semana, eles participaram de palestras e oficinas oferecidas por jornalistas da Pública e organizações parceiras.
Entre os seis selecionados deste ano estiveram duas comunicadoras indígenas de Mato Grosso, dos povos Umutina e Kayapó, dois comunicadores do Amazonas, dos povos Matis e Juma/Uru-Eu-Wauwau, uma comunicadora residente em Minas Gerais, do povo Warao, e um originário do Pará e residente no Amazonas, do povo Tupinambá.
O Programa de Formação para Repórteres Indígenas integra o projeto Microbolsas de Reportagem da Agência Pública, que já teve 18 edições desde 2012. Para apoiar a produção das reportagens, os jornalistas indígenas receberam uma bolsa, além de equipamentos e, quando necessário, auxílios para realizar viagens de produção de suas pautas.
Em duas edições anteriores das Microbolsas para Repórteres Indígenas, em 2022 e 2023, a Pública lançou outras reportagens e documentários produzidos por representantes de outros oito povos indígenas, de 7 estados: Pataxó (BA), Xavante (MT), Ikpeng (MT), Munduruku (PA), Wapichana (RR), Ticuna (AM), Mura (RO) e Guajajara/Tenetehara (MA). Ao longo destes três anos, os três editais destinados a comunicadores indígenas receberam ao todo quase 200 inscrições.