Parece que a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) não tem mesmo o que fazer nesta Pandemia, e por isso fará nesta quinta-feira (18/3) uma audiência pública para debater a mudança de nome do estádio do Cruzeiro Novo.
O projeto de lei 1929/2018, de autoria do deputado Rafael Prudente (MDB), sugere a troca de Francisco Pires para Odilon Aires, ambos com passado político na capital. Odilon morreu em outubro de 2020, aos 69 anos. Ele sofria de esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença que não tem cura, desde 2015.
Mas por quê Prudente quer homenagear o ex-distrital, que era colega de partido (MDB)? Afinal de contas, Odilon Aires, que durante anos recebeu em sua casa no Cruzeiro, importantes figurões do MDB para tratar de assuntos nada republicanos (conforme ele mesmo me disse em certa oportunidade, cinco anos antes de morrer), também foi condenado em 2017, a nove anos e 4 meses de prisão, em regime fechado, por corrupção passiva em processo da Operação Caixa de Pandora, que encerrou sua carreira política assim como as carreiras de Brunelli, Eurides Brito, Leonardo e Arruda. Odilon aparece em vídeo recebendo dinheiro do delator Durval Barbosa.
Parece que Rafael Prudente desconhece a história da deflagração da Caixa de Pandora, que pôs fim à carreira política de seu pai, Leonardo Prudente, então presidente da CLDF e que aparece em vídeo colocando dinheiro de corrupção nas meias.
Rafael demonstra com esse projeto ridículo, apresentado em 2018, que é pago pela população para beneficiar e homenagear amigos.
O atual presidente da CLDF não cobra do GDF ações duras no combate à pandemia, evitou a instalação da CPI da Pandemia e agora ignora pedido de impeachment do governador Ibaneis Rocha (MDB). O Legislativo local virou mesmo ‘puxadinho’ do Buriti.
Rafael é igual ao pai dele: finge defender a população do DF. Alguém duvida? Na prática, a CLDF não têm cumprido seu principal papel: fiscalizar os atos do poder Executivo.