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Redemoinhos assustam moradores e causam danos em casas do DF. Vídeo

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DÉLIO ANDRADE
DÉLIO ANDRADEhttp://delioandrade.com.br
Jornalista, sob o Registro número 0012243/DF

Por volta do horário do almoço, nessa quarta-feira (7/8), um redemoinho arrancou pedaços do telhado de casas e causou pânico entre moradores da QNP 27, em Ceilândia Norte. Imagens de câmeras de segurança registraram quando os fortes ventos atingiram a área.

Assista:

O administrador Sérgio Wolfgang, 29 anos, estava em casa quando o redemoinho passou pelo Conjunto C da quadra, por volta das 12h50, e descreveu a situação como “aterrorizante”.

“Eu estava atrás do balcão da cozinha, arrumando meu almoço, quando comecei a sentir a casa toda tremer. Primeiro, achei que fosse um terremoto; depois, pensei que fosse um avião caindo, porque começou a entrar uma luz muito forte. Só sei que, na hora, só consegui pegar minha cachorrinha e sair correndo”, detalhou.

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Redemoinho dessa quarta-feira (7/8) danificou forro de PVC de telhado e quebrou quatro telhas em imóvel

Material cedido ao Metrópoles

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Moradores precisaram arcar com prejuízos

Material cedido ao Metrópoles

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Fenômeno é comum nesta época do ano, segundo meteorologista

Material cedido ao Metrópoles

Apesar do susto, ninguém se feriu. No entanto, a casa dele sofreu danos estruturais no telhado: o forro de PVC que reveste a estrutura ficou danificado, e quatro telhas quebraram. O redemoinho ainda arrancou um pedaço da cobertura da residência de outra moradora da QNP 27.

Sérgio acrescentou que essa não foi a primeira vez em que a comunidade passou por essa situação: “É a terceira. Estamos considerando ir à Administração [Regional de Ceilândia] e ver o que podemos fazer sobre isso, porque as estruturas das casas não são baratas, e o [pagamento do] prejuízo sai do nosso bolso, né?”. Ainda segundo o administrador, algumas pessoas chegaram a gastar R$ 500 com consertos.

Nem terremoto nem avião

O evento que os moradores de Ceilândia presenciaram nessa quarta-feira (7/8) se trata de um fenômeno que acontece devido às diferenças de pressão entre as camadas de ar atmosférico, segundo Andrea Ramos, do Instituto de Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

“Eles ocorrem quando o solo se aquece em determinado ponto, transferindo esse calor à porção de ar que está parada logo acima dele. Quando atinge uma determinada temperatura, esse ar sofre rápida elevação, subindo em espiral, o que cria um minicentro de baixa pressão”, afirmou a meteorologista.

Ela acrescentou que o fenômeno também acontece quando o solo se aquece em um ponto e o vento fraco com origem em uma direção se encontra com a corrente de ar quente acima. “A corrente de ar tende a ganhar velocidade, girar e empurrar o turbilhão para a direção em que ele [o vento] estaria”, completou Andrea.

Os registros de redemoinhos são comuns nesta época do ano, de seca no Distrito Federal, devido à baixa umidade e ao calor típicos de agosto e setembro. “Estamos com temperaturas elevadas e com um tempo muito mais seco, característicos do inverno. Nessa quarta-feira [7/8], por exemplo, a umidade caiu a 20%. Todos esses componentes dão mais condições para que o fenômeno aconteça com mais frequência neste período”, concluiu.

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