Lançado nesta quarta-feira em alusão aos atos antidemocráticos do 8 de Janeiro e da consequente recuperação do patrimônio histórico e cultural da União, o Comitê de Enfrentamento à Desinformação da Universidade de Brasília (UnB) irá popularizar o acesso a dados de confiança e letramento digital à população.
O comitê será formado por 20 representações internas da UnB – como membros do Diretório Central dos Estudantes (DCE), da Faculdade de Comunicação (FAC) e do Instituto de Ciência Política (IPOL) – e convidados de instituições externas, como do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a professora Elmira Simeão, doutoranda em ciência da informação e presidente do comitê, os primeiros passos a serem tomados é fazer um inventário da produção científica da UnB e consolidar o debate entre a comunidade acadêmica da universidade e a sociedade civil.
“Para nós construírmos um cenário que favoreça que casos como o 8 de Janeiro não se repitam, precisamos consolidar todos esses esforços e retomar essa discussão da fundamentação da informação, em um contexto institucional. Assim nós podemos introduzir o tema ao currículo dos cursos de graduação, especialização e extensão da universidade, e capacitar estudantes e professores”, disse.
Esse levantamento de trabalhos acadêmicos produzidos pelos pesquisadores da UnB será usado para criação de uma base de dados temática de enfrentamento à desinformação e letramento digital. Assim, o material publicado poderá dar apoio à outros projetos institucionais e demais parcerias nacionais e internacionais.
“Essas publicações precisam de apoio e precisam ser preservadas, de forma que possamos fazer um resgate da memória dos dados digitais e da busca por fatos concretos. Nosso objetivo é popularizar e dar acesso para pessoas [a esse conteúdo] para que isso seja entendido como um direito humano”, completou.
O lançamento do Comitê de Enfrentamento à Desinformação foi realizado na tarde desta quarta-feira no Auditoria da Universidade de Brasília (UnB). Com a casa cheia, o evento teve como objetivo “promover informação qualificada e com a defesa da verdade, oferecendo o estímulo a debates acadêmicos, a proposição de ações de ensino, pesquisa e extensão relacionadas ao enfrentamento da desinformação, e a articulação com outras instituições e organizações da sociedade civil”.