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Saiba quem é a advogada que fazia “leva e trás” do tráfico na Papuda

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DÉLIO ANDRADE
DÉLIO ANDRADEhttp://delioandrade.com.br
Jornalista, sob o Registro número 0012243/DF

A advogada do Distrito Federal presa durante a operação desencadeada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Distrito Federal (Ficco-DF), ao longo desta semana, é Iane Caroline Maciel de Luna (foto em destaque). Contratada por criminosos, ela se valia das prerrogativas funcionais para intermediar o repasse de orientações aos presidiários, por meio do chamado “leva e traz”, o que fortalecia uma organização e fomentava delitos como o tráfico de drogas.

Iane já havia sido presa na Operação Cravante, deflagrada em 21 de outubro do ano passado para desarticular um esquema de apoio externo a um líder de facção preso na capital do país. Na ocasião, cinco advogados e um estagiário de direito foram alvo de mandados de prisão temporária. De acordo com as investigações, os advogados se revezariam no atendimento às demandas de Jackson Antônio, chefe da facção Bonde do Maluco (BDM), da Bahia, atuando por fora do exercício profissional.

As apurações revelaram que, quando alguém queria falar por telefone com o interno, Iane agia praticamente como “telefonista” para possibilitar que o detento efetivasse diversas ligações ou encaminhasse áudios. A advogada ficava gesticulando e mexendo a boca para simular que era ela quem falava com o preso. As chamadas de vídeo eram vendidas por cerca de R$ 150.

Operação Parlor

A advogada voltou a ser presa nesta semana durante a deflagração da Operação Parlor – do termo “parlatório”, em inglês. A ação resultou no cumprimento de cinco mandados de prisão preventiva expedidos pela 1ª Vara de Entorpecentes do Distrito Federal. A força-tarefa desarticulou uma associação criminosa constituída para o tráfico que atuava principalmente em Ceilândia, bem como em outras regiões administrativas.

As apurações da Ficco-DF também demonstraram que um dos envolvidos havia sido sentenciado recentemente por prática de tráfico de drogas e, mesmo no sistema prisional do Distrito Federal, ele repassava ordens aos demais integrantes do grupo investigado.

Nessas ocasiões, ele contava com auxílio da advogada que intermediava o repasse de orientações aos demais alvos da operação e, por consequência, contribuía diretamente para um “grave abalo à ordem pública”. As apurações decorrem da “Operação Cravate”, também conduzida pela Ficco e voltada a combater crimes cometidos por advogados que facilitavam a comunicação de presos com pessoas em liberdade.

À época, apurou-se que a advogada presa nesta fase permitia a prática de crimes de extorsão contra detentos que, eventualmente, estavam em débito com traficantes de fora do sistema penitenciário.

 

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