As três crianças resgatadas de uma casa incendiada por um homem de 29 anos, em Ceilândia (DF), perceberam as primeiras chamas no imóvel e gritaram para pedir socorro ao pai. O caso aconteceu no Conjunto 15 da QNO 20, nessa quarta-feira (6/11).
O pai das crianças estava de folga e descansava em casa, um segundo imóvel no mesmo lote. “Meus filhos viram o fogo e chamaram minha atenção. Eu não tinha visto, porque a fumaça não tinha chegado aqui onde moro. Eles gritaram: ‘Pai, está estourando’, porque o fogo pegou nos fios, que começaram a pipocar”, detalhou.
A testemunha, que pediu para não ter a identidade divulgada, contou ao Metrópoles que, após retirar as crianças em segurança do imóvel, chegou a brigar com o incendiário, a quem chamou de “surtado” por estar alterado e com o corpo coberto de batom.
O lote onde aconteceu o incêndio é dividido em duas casas. Na primeira, mora o pai das crianças; na segunda, uma prima dele, companheira do suspeito de provocar o incêndio. “Quando fui para minha cozinha, vi a fumaça entrando. E, quando cheguei à casa dela [da vizinha], o fogo estava consumindo tudo”, relatou.
O suspeito teria colocado fogo em objetos sobre uma cama – embaixo da qual estava o pit-bull da família. Com a ajuda de vizinhos, o pai das crianças conseguiu apagar o fogo, além de salvar os filhos e o cachorro.
“Ele [o suspeito] estava surtado e partiu para cima de mim, brigou comigo. Ele estava todo estranho, com o corpo pintado de batom. Depois, colocou uma camisa. Também falou que botaria fogo em meus filhos”, afirmou a testemunha.
Veja imagens do local:
O pai das crianças comentou que as crianças ficaram com muito medo e que a filha pequena “nem quer mais entrar em casa”. “Ela está assustadíssima. Mas já estou tranquilo. Consegui salvar meus filhos; só não as coisas de minha prima”, acrescentou.
A Polícia Militar (PMDF) informou que o incendiário, visivelmente alterado, ateou fogo a um colchão do imóvel e que pretendia ferir a companheira e prima de segundo grau das crianças.
O suspeito foi levado para a 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia), onde acabou autuado por dano qualificado. Depois, precisou receber atendimento no hospital da região administrativa (HRC).
