A taxa de desmatamento da Amazônia Legal entre agosto de 2023 e julho de 2024 atingiu a menor área desde 2015, uma queda de 30,6% em relação aos 12 meses anteriores. É a terceira queda consecutiva e um avanço do Brasil no combate à principal fonte de emissão de gases de efeito estufa do país.
Foram derrubados no período 6.288 km2, ante os 9.064 km2 registrados entre agosto de 2022 e julho de 2023 – que já foram uma queda de 21,8% em relação ao ano anterior. Os dados do sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram divulgados no fim da tarde desta quarta-feira, 6 de outubro, em cerimônia no Palácio do Planalto.
A perda anual do Cerrado também diminuiu, após quatro altas consecutivas. Entre agosto de 2023 e julho de 2024 foram desmatados 8.174 km2, uma queda de 25,7% em relação ao período anterior.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estava previsto para fazer o anúncio, mas acabou cancelando a participação quando o evento já estava atrasado por mais de duas horas.
O Prodes, que monitora o desmatamento por satélite, fornece a taxa oficial no período de um ano, que vai sempre entre 1º de agosto de um ano a 31 de julho do ano seguinte. Ele leva em conta somente o chamado corte raso, quando toda a vegetação é removida e o solo é exposto. Não inclui, portanto, a degradação sofrida pela floresta com incêndios, que afetaram fortemente a região neste ano.
O dado anunciado hoje é uma estimativa da taxa, que deve ser fechada em alguns meses.
Logo no início do governo Lula foi retomado o Programa de Combate ao Desmatamento da Amazônia (PPCDAm), que tinha sido suspenso no governo de Jair Bolsonaro (PL). Nos quatro anos do governo anterior, com o abandono das políticas ambientais, o desmatamento subiu cerca de 54% (na comparação da taxa de 2022 com a de 2018). Nos dois anos de Lula, a queda já é de 45,7%.
(Texto em atualização)