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Torcedores do Corinthians se surpreendem com patrocínio máster da Taunsa em circuito de corridas; CEO explica

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DÉLIO ANDRADE
DÉLIO ANDRADEhttp://delioandrade.com.br
Jornalista, sob o Registro número 0012243/DF

O torcedor do Corinthians não gostou nada de ver o nome de uma “ex”-patrocinadora estampando eventos de corridas de rua em 2023, ainda mais após não ter recebido um valor milionário no ano passado.

O Grupo Taunsa, que responde a uma ação na Justiça por calote ao clube, é a patrocinadora máster do “Circuito de Corridas de Rua”, que tem três encontros marcados para o ano corrente: dois em São Paulo e um em Recife.

O primeiro deles será no aniversário da capital paulista, em 25 de janeiro, no XXV Troféu Cidade de São Paulo, com início no Obelisco do Parque do Ibirapuera. Os outros ocorrerão nos dias 26 de março e sete de setembro.

O nome “Taunsa” aparece em diversos locais na página do evento justamente por ser patrocinadora máster. Segundo imagens divulgadas, as camisetas terão a marca estampada na frente e nas costas; as medalhas e os troféus também exibirão o nome, assim como a sacola com os itens e a etiqueta com o número do participante.

Procurado pela Gazeta Esportiva, Cleidson Cruz, CEO da Taunsa, afirmou que o projeto com o “Circuito Corridas de Rua” foi “definido há bastante tempo, anterior ao processo (movido pelo Corinthians), ações bem diferentes”.

Questionado sobre o que a empresa deve ao Corinthians, Cruz disse não poder se posicionar “por questões contratuais”, mas diz acreditar “que muito em breve estará solucionado e com seus esclarecimentos”.

Por fim, ele afirmou que “a empresa preza pela parceria e acredita que o esporte é uma grande ferramenta de inclusão”.

A assessoria do “Circuito de Corridas de Rua” também foi procurada, afim de trazer outros esclarecimentos acerca do patrocínio, mas, até o fechamento desta reportagem, não havia respondido aos questionamentos. O texto será atualizado em caso de retorno.

Processo na Justiça

Em dezembro do ano passado, o Corinthians entrou com processo para cobrar a dívida milionária da Taunsa. Após firmar acordo com o clube no final de 2021, a empresa não pagou o valor do patrocínio e, desde o dia 5 de dezembro, o Timão tem processo correndo na 9ª Vara Cível da Justiça de São Paulo para a quitação de um valor de R$ 26.728.857,50.

Mediante o depósito de 30% do montante total da causa dentro do prazo, há a possibilidade de que a empresa peça o parcelamento do restante em até seis parcelas mensais, considerando a correção monetária e o acréscimo de 1% de juros ao mês.

Caso não haja pagamento dentro do prazo, o Corinthians pode, em 15 dias, dar prosseguimento à cobrança e requisitar outros embargos, como penhoras. Não houve novas atualizações sobre o processo no Diário da Justiça Eletrônico.

O embróglio

Corinthians e Taunsa fecharam uma parceria de janeiro de 2022 a dezembro de 2023, que previa “a participação do Grupo em conteúdos, propriedades físicas e digitais do clube”.

No acordo entre as partes, a empresa se prontificou a pagar 100% dos vencimentos envolvendo a contratação do volante Paulinho. No entanto, em março de 2022 foi confirmado um atraso, fruto de um problema no fluxo de caixa.

“Ele disse que teve um problema de fluxo de caixa, com problemas de guerra, pandemia e outras coisas. A gente entende, é normal em um negócio, mas o Corinthians precisa tomar as atitudes para receber o que foi combinado e isso está sendo feito. Ele tem a intenção de pagar, continua nos procurando e falando que vai pagar, e quer fazer outros negócios. Vamos aguardar”, explicou o presidente do clube, Duílio Monteiro ao podcast Ulisses Cast, em agosto.

Em maio de 2022, o diretor financeiro do clube, Wesley Melo, já havia comentado sobre a situação em entrevista coletiva.

“R$ 20 milhões fazem falta para qualquer empresa, mas o Corinthians é muito grande para depender de um patrocinador só, o presidente mesmo declarou isso publicamente. A Taunsa ainda não nos pagou. A gente já fez três notificações, estamos conversando, temos expectativa de receber isso sem judicializar a questão, mas, se precisar, a gente vai defender os nossos direitos”, explicou na ocasião.

No entanto, o executivo garantiu à época que o clube havia se preparado para não precisar do valor.

“Fazem falta os 18 milhões, que é o valor correto, mas já fiz uma provisão de perdas desse dinheiro, não consta mais no balanço, então não afeta mais o econômico do Corinthians. Se eu receber o dinheiro, aí eu transformo em receita efetiva e impacta positivamente”, concluiu.

O post Torcedores do Corinthians se surpreendem com patrocínio máster da Taunsa em circuito de corridas; CEO explica apareceu primeiro em Gazeta Esportiva.

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