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Vacina é a principal arma contra a coqueluche

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Doença acomete principalmente bebês até seis meses não imunizados

JOSIANE CANTERLE, DA AGÊNCIA SAÚDE DF

A falta de vacinação é um dos principais fatores de risco para coqueluche em crianças e adultos. Embora tenha tratamento, a infecção pode levar à morte, especialmente bebês menores de seis meses quando não tratados direito e ainda com o esquema vacinal incompleto. A prevenção é feita com a vacina tríplice bacteriana (DTP) que previne contra coqueluche, difteria e tétano, e faz parte do Calendário Oficial de Vacinação do Ministério da Saúde.

A imunidade contra a coqueluche, também conhecida como tosse comprida, é adquirida quando as crianças tomam as três doses da vacina, sendo necessário reforço aos 15 meses e aos 4 anos de idade. No ano de 2019 o Distrito Federal registrou 54 casos e nenhum óbito.

A coqueluche é uma infecção respiratória, transmissível causada pela bactéria Bordetella pertussis e está presente em todo o mundo. Sua principal característica são crises incontroláveis de tosse seca seguida pelo guincho inspiratório, que é som produzido pelo estreitamento da glote. A doença pode atingir, também, traqueia e brônquios. Os seus sintomas permanecem, em média, de 5 a 10 dias, podendo variar de 4 a 21 dias, e raramente, até 42 dias, sendo que o período de transmissão estende-se do 5º dia após a exposição do doente até a 3ª semana do início das crises de tosse. O exame para detecção da bactéria é por meio de coleta da cultura nasofaríngea e realização do PCR, assim como está sendo realizado o exame da Covid-19.

Sintomas, transmissão e prevenção

A doença manifesta três fases, sendo a primeira a catarral, com sintomas leves que podem ser confundidos com uma gripe. O paciente apresenta coriza, febre, mal estar e tosse seca e, em seguida, há acessos de tosse seca contínua. Na fase aguda, os acessos de tosse são finalizados por inspiração forçada e prolongada, vômitos que provocam dificuldade de beber, comer e respirar. Na convalescença, os acessos de tosse desaparecem e dão lugar à tosse comum. Bebês menores de seis meses são os mais propensos a apresentar formas graves da doença, que podem causar desidratação, pneumonia, convulsões, lesão cerebral e levar à morte.

De fácil propagação, a coqueluche é transmitida, principalmente, durante a fase catarral e em lugares com aglomeração de pessoas. Para se infectar é necessário contato direto com uma pessoa doente, através de gotículas de saliva expelidas por tosse, espirro ou fala. Há também a possibilidade de transmissão por objetos contaminados.

A prevenção à coqueluche só é possível depois de receber, pelo menos, a terceira dose da vacina tríplice bacteriana ou DPT. Ela também está presente no calendário de vacinação de gestantes, com a vacina DTPa. No início da década de 1980 o Brasil registrava cerca de 36 mil casos por ano. Já em 2019 esse número reduziu para 1.495 doentes no país.

Tratamento

Ao apresentar os sintomas iniciais, o paciente deve buscar atendimento em uma unidade básica de saúde, em caso de sintomas mais leves ou moderados; ou a emergência de um hospital, em casos mais graves. O tratamento da doença geralmente é realizado por meio de antibióticos receitados pelo médico conforme a gravidade de cada caso.

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