Policiais civis resgataram um cavalo vítima de maus-tratos em uma garagem cheia de fezes e urina em Samambaia, segunda-feira (10/3). Na mesma diligência, salvaram três roedores (dois porquinhos-da-índia e um rato Twister), mantidos em condições degradantes.
Veja:
Após receber denúncia, a Delegacia de Repressão aos Crimes Contra os Animais (DRCA/CEPEMA) localizou o equino confinado na garagem de uma casa, sem acesso adequado a água e sem qualquer alimento.
Ao chegarem ao local, os policiais da DRCA encontraram a égua em um espaço insalubre, com acúmulo excessivo de fezes e urina no chão, o que representa um sério risco à saúde do animal.
Segundo a Polícia Civil (PCDF), a sujeira espalhada, a umidade e a presença de resíduos diversos, como sacos plásticos e latas, indicam total falta de higiene e ausência de cuidados básicos.
Além da insalubridade, o espaço onde o cavalo se encontra é completamente inadequado para sua espécie. Equinos necessitam de áreas abertas e sol para caminhar, condições que claramente não são oferecidas no local.
O único recipiente contendo água observado no chão é pequeno e inadequado para suprir as necessidades hídricas de um equino.
Cascos feridos
Os cascos do cavalo estavam comprometidos devido ao contato prolongado com o solo sujo e úmido, podendo levar a infecções e outros problemas de saúde.
Segundo vizinhos, o equino estava nessa condição há cerca de três meses e o tutor, preso no dia anterior, não oferecia os cuidados necessários, cabendo a eles fornecer alimento esporadicamente.
No interior da residência, os agentes localizaram dois porquinhos-da-índia e um rato Twister, presos em uma única gaiola sem ração e com apenas bolachas de água e sal como alimento.
A água disponível estava visivelmente suja. Segundo relatos, no dia anterior à operação, o tutor do equino teria puxado a égua pelo pescoço com extrema violência, utilizando uma corda.
Remoção
Diante do quadro de crime de maus-tratos, a Secretaria de Agricultura (Seagri) foi acionada para a remoção do equino.
Para garantir a alimentação da égua até a remoção, um dos agentes da DRCA deslocou-se até uma agropecuária e adquiriu ração adequada. Os animais foram apreendidos e encaminhados para os cuidados necessários.
De acordo com a PCDF, o autor do fato foi identificado e será indiciado pelo crime de maus-tratos, por 4 vezes, em concurso material, disposto no artigo 32 da Lei 9.605.