Após seis anos sem ecoar, os sinos da Catedral Metropolitana de Brasília voltaram a badalar nesta quinta-feira (3/10). O Governo do Distrito Federal promoveu, no fim da tarde, cerimônia de reativação das quatro campainhas à frente do monumento.
O governador Ibaneis Rocha (MDB) esteve presente na solenidade. O chefe do Executivo exaltou as ações feitas em prol das igrejas do Distrito Federal, “em especial, as católicas”. “Vivemos um período negro no Distrito Federal, onde se derrubavam igrejas”, criticou, referindo-se ao governo anterior.
“Vamos voltar a ouvir, três vezes por dia [às 6h, 12h e 18h], os sinos ecoando na Esplanada dos Ministérios, trazendo bênção às autoridades e para as decisões que o Brasil precisa.”
A restauração dos sinos ocorreu graças a uma doação de R$ 126 mil por parte da Embaixada de Taiwan. O sistema foi modernizado, recebendo wi-fi e podendo ser acionado pelos responsáveis via aplicativo de celular.
A reativação marca o projeto de revitalização do monumento brasiliense. O chamado Catedral 60 Anos vai reformar e limpar o espaço, além de revitalizar o espelho d’água do monumento. A ideia é captar recursos de empresas e instituições parceiras para financiar a obra, estimada inicialmente em R$ 50 milhões. A previsão de conclusão da reforma está para 2030, quando a Catedral completará seis décadas.
A Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) será responsável por tocar as obras iniciais. “A Novacap vem dando todo o apoio, estão fazendo agora a lavagem dos vitrais e, na semana que vem, vão fazer a limpeza do espelho d’água. Cuidamos de todas as calçadas aqui da Esplanada dos Ministérios. A ideia é dar mais conforto aos turistas e aos religiosos que visitam esse monumento”, pontuou Ibaneis.
Estiveram presentes na cerimônia a primeira-dama Mayara Noronha Rocha; o diretor-presidente da Novacap, Fernando Leite; os deputados distritais Pepa e Wellington Luiz; dentre outras autoridades.
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Mais sobre os sinos
Os sinos da Catedral foram construídos em 1962 e doados ao GDF pelo governo da Espanha em 1970. Eles são batizados, do maior para o maior, pelos nomes de Santa Maria, Nina, Pinta e Pilarica. Ficam instalados a 20 metros de altura, em um campanário projetado por Oscar Niemeyer. Pesam entre 700 quilos e 3,2 toneladas.
As campainhas ecoaram pela primeira vez na capital federal em 1987 e estavam desativadas desde 2018. Agora, voltarão a badalar três vezes ao dia: às 6h, 12h e 18h.