O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou, na última sexta-feira (14/2), Francisco Evaldo de Moura Silva (foto em destaque), 56 anos, por homicídio qualificado e tentativa de homicídio. Ele foi o autor dos tiros que levaram à morte do motorista de transporte escolar Adriano de Jesus Gomes, anos 50 anos. Além dele, o filho de Adriano, Gabriel Ferreira Gomes, 20, foi alvo dos disparos, mas conseguiu escapar ileso. O crime ocorreu em 6 de fevereiro, em Samambaia.
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) acatou a denúncia nessa segunda-feira (17/2), apresentada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) contra Francisco Evaldo de Moura Silva. Na decisão, a Justiça determinou a citação do réu para apresentar resposta à acusação em um prazo de 10 dias.
Como Francisco Evaldo está preso preventivamente, o prazo para sua intimação foi reduzido para cinco dias. O juiz também manteve a prisão preventiva do acusado, argumentando que “não há novas circunstâncias que justifiquem sua revogação.”
Além disso, a esposa de Adriano, Elaine de Cássia Ferreira Gomes, foi autorizada a atuar como assistente de acusação no processo, conforme previsto no Código de Processo Penal. Caso o réu não apresente defesa dentro do prazo ou informe dados incompletos do advogado, a Defensoria Pública será acionada para assumir sua defesa.
A Justiça segue com a tramitação do caso e as próximas etapas devem incluir manifestações do Ministério Público e a produção de novas provas.
Relembre o caso:
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- Na manhã de quinta-feira (6/2), Francisco Evaldo de Moura discutiu com o motorista Adriano de Jesus Gomes e o filho da vítima, Gabriel Ferreira, 20.
- Francisco teria ido à casa de Adriano e iniciado discussão após ver o carro de Gabriel estacionado em área pública. Moradores da quadra relataram que Francisco acreditava ser dono desse espaço.
- Câmeras registraram o momento da discussão entre os três envolvidos, bem como o tiroteio. Francisco sacou uma arma da cintura e disparou ao menos quatro vezes contra Adriano e Gabriel.
- A vítima, conhecida como Tio Adriano por causa do trabalho como motorista de ônibus escolar, foi atingida no pescoço e no tórax e não resistiu. Gabriel não foi ferido.
- Após matar o vizinho, Francisco fugiu em um Chevrolet Ônix prata.
Assista o momento do crime:
Ao Metrópoles a defesa das vítimas disse que, após o acesso às imagens acostadas aos autos, é perceptível que o acusado colocou outras pessoas em risco, gerando um perigo comum, pois efetuou múltiplos disparos de arma de fogo de alto poder lesivo em uma área residencial, em horário de considerável circulação de pessoas.